quarta-feira, 16 de março de 2011

Sylosis - Edge Of The Earth [Review]

Depois de uma bela estreia em 2008 com Conclusion Of An Age, estreia essa que lançou a banda no mundo do thrash/death melodic metal e a tornou relativamente conhecida, o Sylosis volta com outro belo trabalho. Em Edge Of The Earth a banda mantém o seu "thrash metal moderno" ainda mais afinado. E a saída do vocalista Jamie Graham não pareceu ser um empecilho tão grande, e talvez pode ser vista até como uma boa coisa para os que torciam o nariz para lado mais metalcore da banda que a voz limpa de Jamie trazia, já que o guitarrista, tecladista e o cérebro da banda, Josh Middleton assumiu os vocais principais, com seus rosnados e guturais enfurecidos e um vocal limpo que aparece poucas vezes.

A mudança no vocal mudou um pouco o som da banda, mas ainda temos os elementos que chamaram atenção em Conclusion Of An Age, os riffs old school à la Bay Area, com guitarras, melódicas em muitos momentos, travando bons duelos e uma atmosfera muito densa. Em Edge Of The Earth ainda encontramos pitadas de prog, com batidas quebradas e boas trocas de andamento, e até uns contornos épicos nas passagens mais lentas. Os trabalho das guitarras é de admirar, com solos excelentes, marcante do início ao fim. Mas não só as guitarras devem ser destacadas, todo o intrumental é excelente, bem complexo e agressivo - mais que no álbum anterior - mas também melódico, e o Sylosis consegue equilibrar muito bem os "punches" com as melodias, fazendo isso com muita técnica.

Uma coisa boa na banda é que ela incorpora alguns aspectos do som das suas influências, especialmente o thrash metal americano, mas não soa como elas, há até alguns acenos dos grandes nomes do estilo, mas a banda consegue fazer um som único, o que está ficando cada mais vez difícil quando se propõe fazer a mistura de melodias com agressividade, que está sendo tão explorada ultimamente.

A longa duração do álbum pode ser vista como um ponto negativo, todas as músicas são boas, nenhuma aparece apenas como um enchimento - exceto pela parte 2 da faixa Empyreal, uma continuação de pouco mais de um minuto -, mas certamente poderia ser mais curto e funcionaria até melhor se fosse, pois 72 minutos é um tempo muito longo e faz com que a decisão de parar para ouvi-lo seja um pouco difícil e talvez seja visto até como um teste de resistência para alguns, e isso pode prejudicar um pouco o seu poder, tornando-o um pouco cansativo. Não faria mal se guardassem duas ou três músicas para um EP no fim do ano, ou até guardar para o próximo álbum.

O Sylosis conseguiu atender as expectativas e fez um álbum à altura de seu debut, e fez até mais que isso, conseguiu elevar o nível, quebrando "maldição do segundo álbum" que aguns temiam. Apesar de a banda fazer um som único, ela ainda está procurando a sonoridade ideal, sua identidade própria, e com este disco mostra que está no caminho certo para isso, gerando a expectativa de uma carreira muito promissora.

Nota 9,0


Tracklist:

01. Procession
02. Sands Of Time
03. Empyreal (Part 1)
04. Empyreal (Part 2)
05. A Serpent's Tongue
06. Awakening
07. Kingdom Of Solitude
08. Where The Sky Ends
09. Dystopia
10. Apparitions
11. Altered States Of Consciousness
12. Beyond The Resurrected
13. Eclipsed
14. From The Edge Of The Earth

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2 comentários:

  1. o sylosis tem tudo e mais um pouco pra evoluir cada vez mais

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  2. Sylosis é uma banda excelente, recomendo a todos : )

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