segunda-feira, 28 de março de 2011

PJ Harvey - Let England Shake [Review]

Na década de 1990, a inglesa PJ Harvey transformou-se num dos maiores ícones do rock alternativo e do pós-punk. Em 1992 participou do disco Too Pure - The Peel Sessions, com a aclamada Stereolab. Ainda neste ano, sua estréia em carreira solo, Dry, e o sucessor Rid Of Me, de 1993, arrancaram elogios da crítica com canções ácidas e viscerais, tais como Ectasy, Oh My Lover e Sheela-Na-Gig, uma escultura de uma mulher com a mão em sua vagina.

Let England Shake, o novo álbum da cantora, foi envolto em grandes expectativas após uma resenha no respeitado semanário inglês New Musical Express dar a nota máxima ao CD, fato que acontece raras vezes.

O disco é conceitual, fala sobre todas as guerras da história do país-natal de PJ Harvey. Além disso, ela introduz um novo instrumento: auto-harpa (ver imagem abaixo), que aprendeu a tocar recentemente, e segundo a mesma, é como ''ter uma orquestra na ponta de seus dedos'', e ainda disse que teve que encontrar, aos poucos, um tom mais leve para a sua voz para ser compatível com o instrumento. De fato essa mudança é percebida logo na primeira audição; o som é claramente mais soave e maquiado em relação aos trabalhos anteriores de PJ, beirando um folk minimalista.

A vocalização é a parte mais consistente do disco. PJ Harvey vai de canções simples e com batidas infantis (Let England Shake e Hanging In The Wire) até performances fortes e dramáticas (England, On Battleship Hill e In The Dark Places), ainda há espaço para The Words That Maketh Murder e The Glorious Land, que apesar de seu som mais dançante, trazem letras carregadas de críticas e ironia.

Está longe de ser um disco cinco estrelas e também está longe de ser o melhor de Polly Jean. A temática do álbum parece limitar a criatividade da inglesa, tornando assim, as faixas muito semelhantes entre si. Um bom disco de um dos maiores e mais relevantes nomes da música atual.


Nota: 8,0


Tracklist:


01. Let England Shake (03:09)
02. The Last Living Rose (02:20)
03. The Glorious Land (03:34)
04. The Words That Maketh Murder (03:45)
05. All and Everyone (05:39)
06. On Battleship Hill (04:07)
07. England (03:09)
08. In The Dark Places (02:58)
09. Bitter Branches (02:29)
10. Hanging in the Wire (02:42)
11. Written on the Forehead (03:40)
12. The Colour of the Earth (02:32)

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