domingo, 31 de outubro de 2010

Mentes Que Inspiram - Aleister Crowley

Pensadores, escritores, artistas e diversas personalidades sempre desempenharam um papel importante na hora de influênciar músicos em suas canções. No rock e no heavy metal principalmente, muitas vezes podemos atribuir este papel à Aleister Crowley, um dos mais famosos e importantes ocultistas do século XX.

Nascido em 1875 na Inglaterra, Edward Alexander Crowley foi criado em uma rica família de cervejeiros. Aos 4 anos de idade já sabia ler e aos 10 estudava grego e latim. Sua família era muito religiosa e quando criança era capaz de citar passagens inteiras da Bíblia, porém após a morte de seu pai Crowley começou a demonstrar seu lado mais rebelde e aos 11 anos renegou completamente a religião e cresceu como anticristão convicto, segundo ele, decepcionado com um deus que o abandonara e à mercê de uma mãe pela qual nutria medo e suspeita.

Durante sua vida Crowley adotou dezenas de pseudônimos diferentes, segundo ele para expandir seu conhecimento sobre a humanidade, e em 1895 escolheu o pseudônimo "Aleister" por seu aspecto celta da época dos druidas.
Com a morte de sua odiada mãe, ele herdou 40 mil libras e se mudou para Londres onde se tornou membro da Aurora Dourada e começou a estudar e a fazer experiências de ocultismo.

As idéias pregadas em suas obras eram em boa parte baseadas nas idéias sobre o ocultismo e a mágicka (escrita com "k" para que haja um equílibrio com a palavra original "magic" de apenas cinco letras, equilibrando o hexagrama e o pentagrama. 6 + 5 = 11, "o número geral da mágicka, ou energia que tende a mudar", como ele afirmou em seu livro, 777). Também foram retiradas idéias dos Cavaleiros Templários, suas experiências com os mais diversos tipos de drogas e seu estudo meticuloso do tarô e religiões.
Um de seus livros mais notáveis é o Livro da Lei, onde estão presentes suas famosas frases: "Faze o que tu queres deverá ser o todo da lei." e "Amor é a lei, amor sob vontade."
Vale notar também que diferente do que a grande maioria pensa, Crowley não era um satanista e nem praticava magia negra.

Crowley passou os últimos anos de sua vida entrando e saindo de tribunais, dando entrada em ações por difamações ou se defendendo de ações contra ele. Em dezembro de 1947, após sofrer um ataque cardíaco, ele foi atendido por um médico em uma pensão barata em Hastings. Diz-se que ele começou a gritar por morfina e o médico recusou seu pedido, com raiva Crowley gritou: "Me dê morfina ou você morre em 24 horas!", o médico continuou recusando. Crowley morreu algumas horas depois com lágrimas nos olhos aos 72 anos de idade. No dia seguinte morreu o médico.

No heavy metal, talvez a música mais famosa envolvendo Crowley seja a canção presente no álbum Blizzard of Ozz de Ozzy Osbourne chamada Mr. Crowley, que Ozzy escreveu após ler algumas obras do ocultista.
Na música Quicksand de David Bowie há trechos citando Crowley como por exemplo: "mais próximo da Aurora Dourada, imerso no uniforme imagético de Crowley."
Crowley é também uma das figuras que aparecem na capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles.

Há também nomes de álbuns inspirados nele como o clássico do Celtic Frost, To Mega Therion, que era um dos vários pseudônimos de Crowley que significa A Grande Besta, e Thelema 6 do Behemoth, ao qual se refere à uma doutrina religiosa elaborada por Crowley.
No Brasil temos Raul Seixas, seguidor e divulgador de Crowley algumas de suas músicas inspiradas no ocultista e em Thelema são: Sociedade Alternativa, Novo Aeon e Loteria de Babilônia.

Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, sempre foi um fanático e seguidor das idéias de Crowley, tanto que na fita master do Led Zeppelin III está presente a frase "Faze o que tu queres deverá ser o todo da lei." Page também é um grande possuidor de itens que pertenceram a Crowley como seu diário pessoal e sua antiga casa na Escócia, chamada Boleskine House, onde praticava rituais de ocultismo. Sting compôs uma música chamada Sychronity II e fala sobre acontecimentos estranhos ocorridos na Boleskine House quando Page era o dono.
Além disso Page possuia uma loja voltada para o ocultismo chamada Equinox, referência à uma das obras de Crowley, e os famosos quatros símbolos do Led Zeppelin foram todos inspirados em símbolos do oculto, ao qual Page sempre estudou e praticou.

Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, é também outro estudioso da obra de Crowley desde sua adolescência, músicas como Moonchild e Seventh Son of a Seventh Son do Iron Maiden e Man Of Sorrow de seu trabalho solo foram inspiradas no mesmo. Dickinson também dirigiu o filme Chemical Wedding, que conta a história de um professor que é possuído pelo espírito do ocultista.

A lista de artistas que se inspiram na obra de Aleister Crowley é bastante longa, para não extender a matéria ainda mais separamos abaixo algumas músicas que tiveram ele como fonte de inspiração:


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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Studios Abbey Road

Criados em 1931, pela EMI, os estúdios Abbey Road alcançaram, merecidamente, o título de estúdio mais famoso do mundo. Boa parcela de sua fama pode ser atribuída aos lendários clássicos dos Beatles e a gravação da música All You Need Is Love, primeira transmissão via-satélite mundial, em 1967, feitos no prédio.

Mas Abbey Road não vive só de Fab Four, nomes fortes da música britânica, e mundial no prédio da EMI. Depois dos Beatles, o Pink Floyd é o exemplo mais conhecido de banda com clássicos gravados no Abbey Road. Por lá, eles gravaram Wish You Were Here; Dark Side Of The Moon e seu disco de estréia, The Piper Gates At Dawn, ainda com Syd Barret no comando do grupo.

Entre outros figurões que fincaram sua marca no prédio, temos Alan Parsons, com os discos Tales Of Mystery And Imagination e I Robot. O Camel, com o conceitual Nude; e o Elvis inglês, Cliff Richard´s, que gravou boa parte de seus discos no Abbey Road.

Com todo esse clima de ''Classic Albuns'', bandas grandes dos anos 90, que eram da EMI, também quiseram entrar no estúdio lendário, e assun foi com o Oasis, que gravou o álbum Be Here Now; e com o Radiohead, que gravou The Bends e as seções de cordas para o seu disco mais famoso e aclamado pela crítica, O.K. Computer. Em 2000, o Radiohead volta à esse mesmo estúdio e grava o disco Kid A, e o Oasis volta para gravar Dig Out Our Souls.

Na década passada, entraram nomes com mais admiração e respeito dos rockers no Abbey Road. O U2 gravou duas músicas inéditas para a coletânea 18 Singles; Nightwish chegou para fazer o Dark Passion Play, e David Guilmor re-lembrou os tempos de Pink Floyd no Abbey Road e saiu de lá com o seu melhor disco solo: On A Island.

Hoje, Abbey Road é ponto turístico de Londres e destino certo de beatlemaníacos, que imitam a pose dos Fab Four, deixando os motoristas irritados e usando as suas buzinas ao máximo.


Se você quer saber mais sobre os esúdios Abbey Road, acesse o site oficial, que contém uma câmera 24 horas ao vivo para todo mundo ver pela internet:

http://www.abbeyroad.com/

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Firewind - Days of Defiance [Review]

Nota: 8

Com uma atenção muito maior em cima deste lançamento - obviamente pelo fato do guitarrista e líder da banda, Gus G, recentemente ter substituído Zakk Wylde na banda de Ozzy Osbourne - os gregos do Firewind retornam com o seu mais novo álbum: Days Of Defiance.

Aqueles que esperavam alguma mudança maior na sonoridade da banda, principalmente em relação aos dois últimos álbuns, ficarãos decepcionados. Days of Defiance apresenta poucas idéias que a banda não tenha explorado anteriormente, é um álbum do Firewind que soa apenas como um álbum do Firewind. Porém não pense que é um trabalho ruim, muito pelo contrário, não há nenhuma faixa que possa realmente ser chamada de ruim, são todas músicas muito boas, nenhuma realmente espetacular, mas que ainda sim resultam em um álbum bastante sólido que sem dúvidas alguma agradará a grande maioria dos fãs.

No geral, a maioria das músicas são bastante agressivas onde o peso da guitarra predomina, evidente logo nas duas faixas que abrem o disco: The Ark of Lies e World On Fire (confira o clipe da música aqui) seguidas de Chariot e Embrace The Sun, ambas são bastante cativantes. Mesmo com o peso ainda há espaço para a balada Broken e faixas mais melódicas como Heading For The Dawn.
Vale a pena destacar também The Yearning, ponto alto do disco, Losing Faith e a instrumental SKG com uma espécie de duelo entre Gus G. e o tecladista Bob Katsionis, ambos músicos de técnica apuradíssima e, ao lado do vocalista Apollo Papathanasio, são as peças chave para que a banda funcione da maneira presente neste álbum.

No fim das contas Days of Defiance é mais um bom acréscimo na discografia do Firewind, banda que aos poucos vai se tornando a banda de heavy metal grega com maior destaque no exterior. Felizmente aqueles que imaginaram que Gus G. deixaria a banda em segundo plano devido ao seu trabalho com Ozzy se enganaram, o que temos aqui é a banda ainda mais confiante do que antes. Se os trabalhos anteriores da banda lhe agradaram, vá em frente e ouça o álbum sem hesitar.
Tracklist:

1. The Ark Of Lies
2. World On Fire
3. Chariot
4. Embrace The Sun
5. The Departure
6. Heading For The Dawn
7. Broken
8. Cold As Ice
9. Kill In The Name Of Love
10. SKG
11. Losing Faith
12. The Yearning
13. When All Is Said And Done

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Álbum da Semana: Death Walks Behind You - Atomic Rooster

Mais lembrado por ter tido Carl Palmer em sua primeira formação, com a qual lançou um álbum autointitulado em dezembro de 1969, antes de o baterista formar o ELP com Greg Lake e Keith Emerson, o Atomic Rooster, power-trio inglês liderado pelo tecladista Vincent Crane e um dos pioneiros do progressive hard rock, lançou em 1970 um dos álbuns mais obscuros daquela época, Death Walks Behind You.

A faixa-título que abre o álbum é sensacional. Com uma introdução de teclado com uma atmosfera bem sinistra, a canção é cheia de mudanças de andamento e tem um clima bem obscuro. VUG é uma incrível música instrumental, onde o grande destaque fica para Vincent Crane, assim como Gershatzer, que também mostra todo o talento e criatividade do tecladista. Vale destacar também a atuação de Paul Hammond na bateria nessa canção.

Com um som cativante e pesado, repleto de climas sombrios e letras que falam basicamente do capeta e da morte, Death Walks Behind You é um disco de hard prog bem voltado para os órgãos hammond de Crane, mas sem esquecer da guitarra do vocalista John Du Cann, com linhas simples, mas com riffs repetitivos e com bastante peso, e praticamente sem solos, com exceção de Sleeping For Years, além do bom trabalho de Paul Hammond na batera.

Crane consegue preencher perfeitamente a falta de um baixista na banda, em todas as músicas. Quando se ouve o disco, podemos pensar até que seria desnecessário ter um. Pra quem gosta de um hard rock setentista obscuro e quase macabro, vale a pena e, talvez, seja até obrigatório dar uma conferida neste excelente disco.


Tracklist:

1 - Death Walks Behind You
2 - VUG
3 - Tomorrow Night
4 - Seven Lonely Streets
5 - Sleeping for Years
6 - I Can't Take No More
7 - Nobody Else
8 - Gershatzer

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Halford - Made Of Metal [Review]

O que precisa ser dito sobre Rob Halford? Acredito que não há nenhum headbanger que nunca tenha ouvido falar do Metal God ou que não tenha o mínimo de respeito por ele.
Halford IV: Made Of Metal é o mais novo álbum de estúdio de sua banda, Halford.

O que temos aqui é um álbum variado, porém sem deixar de soar acessível e onde, como de costume, a ênfase é dada aos vocais de Rob Halford e ao peso das guitarras.

O disco começa agressivo com as faixas Undisputed e Fire And Ice. A primeira soa mais tradicional e é carregada pelas guitarras de Roy Z e Mike Chlasciak, já a segunda tem um clima meio power metal, devido pricipalmente a levada de bateria de Bobby Jarzombek.

A faixa-título, e também o single do álbum, possui alguns vocais com sintetizadores e apesar do ritmo e refrão grudentos não chega a ser um dos destaques, assim como Like There's No Tomorrow que passa um pouco mais despercebida em relação às outras músicas. Porém isto não vale para a faixa que está no meio das duas, Speed Of Sound, outro bom momento em Made of Metal.

'Till The Day I Die é bastante interessante pelos elementos country no meio de todo o peso, Rob canta com timbres muito bons nesta música.
Após as mais cadenciadas We Own The Night e Heartless, sendo a primeira um pouco mais melódica, o peso volta em Hell Razor seguida de Thunder And Lightning com um clima mais glam.

A balada Twenty-Five Years, que fala sobre os 25 anos que o vocalista está sóbrio, é onde Rob executa os vocais mais cheios de 'feeling' do álbum.
Na sequência temos Matador, uma boa música com um groove bacana e uma bateria mais agressiva no refrão, porém a letra não é tão boa quanto o resto da música. Aliás, as letras são um dos pontos fracos do álbum, são todas bastante pessoais que revelam bastante sobre a personalidade e interesses de Rob Haldord, porém touradas, boxe e corridas de NASCAR de fato não geram as melhores letras.

A melódica I Know We Stand A Chance traz alguns elementos que não foram utilizados nas outras músicas do álbum, porém é uma faixa pouco marcante. The Mower encerra o álbum, a única em que Rob canta com seu timbre agudo e característico que o consagrou.

No geral, Made Of Metal é um álbum muito bom, não é perfeito, mas ainda sim merece destaque. As linhas vocais, como já esperado, são ótimas assim como os solos e riffs de guitarras.
É um trabalho que com certeza deixará uma grande parte dos fãs de heavy metal e dos trabalhos anteriores do músico, seja no Judas Priest ou no Halford, bastante satisfeitos.
Encerro esta resenha apenas desejando boa sorte para aqueles que forem ouvir o álbum pela primeira vez conseguirem tirar o refrão de Made Of Metal da cabeça (eu ainda não consegui).

Tracklist:

01. Undisputed
02. Fire and Ice
03. Made of Metal
04. Speed of Sound
05. Like There’s No Tomorrow
06. Till the Day I Die
07. We Own the Night
08. Heartless
09. Hell Razor
10. Thunder and Lightning
11. Twenty-Five Years
12. Matador
13. I Know We Stand a Chance
14. The Mower
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Álbum da Semana - The Whirlwind - Transatlantic

O Transatlantic é uma banda de rock progressivo fundada em 1999 pelo ex-baterista do Dream Theater, Mike Portnoy e o ex-vocalista/tecladista do Spock's Beard, Neal Morse. Também foram recrutados para completar o line-up Pete Trewas, baixista do Marillion, e Roine Stolt do The Flower Kings.

A banda havia lançado dois álbuns, SMPT:e (2000) e Bridge Across Forever (2001), porém em 2002 a banda terminou devido à outros projetos de Neal Morse, que recentemente havia deixado o Spock's Beard.
Em 2009 a banda anunciou que retomaria suas atividades e no mesmo ano lançaram The Whirlwind, álbum mais recente do grupo até o atual momento.

The Whirlwind é diferente dos álbuns anteriores do Transatlantic por um motivo: ele possuí apenas uma música. A faixa homônima possui 77:54 minutos de duração. Calma, não há motivo de desespero para aqueles que não quiserem encarar a música megalomaníaca inteira de uma só vez, pois The Whirlwind é dividida em 12 partes, porém a música funciona muito melhor quando ouvida inteira.

Neste disco há tudo o que se espera de um bom álbum de rock progressivo: ótima musicalidade, ótimas composições, ótima produção, e como podemos perceber pelo line-up, ótimos músicos.
Há uma química muito boa entre os músicos e as novas idéias apresentadas neste disco funcionam muito bem. Apesar da duração da música, ela flui perfeitamente bem sendo que em alguns momentos a mudança de um de seus subtemas para o outro é imperceptível.
Não é qualquer banda que consegue fazer uma música de 78 minutos soar tão bem estruturada e coerente. Para os apreciadores do bom rock progressivo, vale a pena conferir o trabalho da banda.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Álbum da Semana: The Metal Opera - Avantasia

Figurando facilmente em qualquer lista com os melhores álbuns de power metal de todos os tempos, The Metal Opera é o álbum que lança o Avantasia ao mundo. Avantasia é um projeto criado por Tobias Sammet, e começou a tomar forma em 1999, durante uma turnê do Edguy - banda de Sammet - para promover o álbum Theater of Salvation, quando Sammet começou a trabalhar a ideia de uma opera metálica conceitual com a participação de músicos covidados. O nome do projeto é a junção das palvras "avalon" (terra mística nas histórias do Rei Arthur) e "fantasia".

É claro que apenas a simples reunião de grandes músicos não resulta num bom trabalho. As composições, arranjos, melodias e a história são sensacionais, com mérito quase total para Tobias Sammet, que compôs todo o material do disco, e também soube escolher as pessoas certas.

Os nomes que participam de The Metal Opera são acima de qualquer suspeita. Tem Henjo Richter, do Gamma Ray nas guitarras; Markus Grosskopf, do Helloween, no baixo e, na bateria, Alex Holzwarth, do Rhapsody Of Fire, além das participações de Jens Ludwig, do Edguy, que faz os solos em Sign of the Cross e The Tower; Norman Meiritz, responsável pelo violão em Farewell e Frank Tischer, piano em Inside.

E isso sem falar no vocalistas convidados. Temos Michael Kiske, lendário vocalista do Helloween participando em cinco faixas do álbum: Reach Out for the Light, Breaking Away, Farewell, Avantasia e The Tower; David DeFeis, do Virgin Steele, solta a voz em Serpents Of Paradise; Sharon den Adel, do Within Temptation, canta com sua doce voz em Farewell; Kai Hansen aparece em Sign of the Cross e The Tower, que também tem Timo Tolkki relembrando os tempos de vocalista do Stratovarius. Isso sem contar as participações de Rob Rock e Oliver Hatmann. E ainda tem Andre Matos, ex-Angra, numa atuação brilhante em Inside.

The Metal Opera está entre os melhores discos não só do heavy metal melódico, ou power metal, mas também do Metal em geral. Como já disse, o álbum não seria brilhante com todas essas participações se não tivesse grandes composições. Tobias Sammet conseguiu conceber um álbum clássico, com composições envolventes, cativantes, empolgantes. Difícil alguém gostar de power metal e nunca ter ouvido este disco, mas pra quem ainda ouviu muito do estilo, é uma ótima oportunidade baixar este disco e começar a ouvir.


Tracklist:

1 - Prelude
2 - Reach Out for the Light
3 - Serpents in Paradise
4 -Malleus Maleficarum
5 - Breaking Away
6 - Farewell
7 - The Glory of Rome
8 - In Nomine Patris
9 - Avantasia
10 - A New Dimension
11 - Inside
12 - Sign of the Cross
13 - The Tower

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Black Country Communion - Black Country [Review]

Black Country Communion é o mais novo supergrupo que surgiu em 2010, a banda é formada por: Glenn Hughes (Deep Purple, Black Sabbath, Trapeze), Joe Bonamassa, Derek Sherinian (Dream Theater, Yngwie Malmsteen, Planet X) e Jason Bonham, filho do lendário John Bonham.
Black Country é o álbum de estréia da banda e recentemente alcançou o primeiro lugar nas paradas da BBC Rock Charts.

Black Country também é o nome da faixa que abre o disco. Uma música bastante agitada com uma percussão sólida e linha de baixo forte, Joe Bonamassa faz um bom solo, mas é Glenn Hughes quem se destaca, mostrando porque é conhecido como The Voice Of Rock.
One Last Soul é o primeiro single do grupo e já deve ter sido ouvido pela maioria, já que foi disponibilizado para download gratuitamente no site da banda. Apesar de parecer uma das músicas mais simples do álbum ela não deixa de ser ótima, o mais difícil é conseguir tirar o refrão grudento da cabeça depois de ouvi-la.

The Great Divide é um dos pontos altos do disco. Bonamassa executa um fraseado muito bom com um toque mais jazzista em certos momentos, Jason Bonham e Derek Sherinian também acompanham muito bem a música que é uma vitrine perfeita para o alcance vocal de Hughes.

Após três faixas de grande qualidade temos Down Again, que não chega a ser uma música completamente ruim, possui bons versos, mas se perde no refrão. Beggarman tem uma das letras mais simples, porém é difícil resistir à pegada da música principalmente com Jason Bonham descendo a lenha na bateria.

A sexta faixa, Song Of Yesterday, é o grande momento do álbum. Nela Bonamassa e Hughes alternam os vocais. A harmonia entre os instrumentos é excelente, com versos melódicos e um refrão mais pesado. O melhor solo de Joe Bonamassa em Black Country está nesta faixa. Derek Sherinian também é essencial para criar a atmosfera presente na música.

No Time, outra faixa com ritmo bastante cativante, é seguida por Medusa, canção clássica do Trapeze. Todos sabemos que se trata de uma música incrível, porém talvez tenha sido um pouco desnecessária, pois não há mais nada em especial ver Glenn Hughes cantando a música em vários dos projetos que participa nos últimos 40 anos.
Bonamassa assume os vocais em The Revolution In Me e executa bons solos com uma pegada mais blues rock.

Stand (At The Burning Tree) dá espaço para todos os membros da banda mostrarem o que sabem fazer em seus respecticos intrumentos, também temos o primeiro solo de Derek Sherinian em todo o álbum. Se formos apontar os pontos negativos do álbum a falta de espaço para Derek Sherinian é um deles, pois além de poucos solos o músico também soa bastante discreto em boa parte das músicas, deixando de mostrar todo o virtuosismo que possui.
Sista Jane é outra ótima faixa onde Hughes e Bonamassa dividem os vocais, possui também um bom refrão.
Too Late For The Sun com seus quase 12 minutos de duração encerra o álbum. Esta música com certeza será um dos principais pontos dos shows ao vivo devido à sua jam no final, gravada em apenas um take, que dá grande liberdade para improvisação.

Em Black Country podemos sentir uma química muito boa entre os integrantes, mesmo com alguns deles nunca tendo tocado juntos antes (Derek Sherinian nunca tinha ouvido nenhum trabalho de Joe Bonamassa até eles tocarem juntos). Apesar de não trazer nada extremamente original em relação aos outros projetos dos músicos envolvidos, Black Country é um ótimo disco.
Com essa avalanche dos chamados supergrupos que temos visto nos últimos anos, o Black Country Communion consegue se destacar entre eles com um debut de qualidade.
Se você é interessado em classic/hard rock vá em frente e ouça o álbum!
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Álbum da Semana: Eppur Si Muove - Haggard

Haggard é uma banda alemã de Classic Medieval Metal (mistura de música erudita com folk e death metal) formada em 1991, liderada pelo iraniano Asis Nasseri. A banda é originalmente de death metal e lançou dois singles nesse estilo, Introduction, em 1992, e Progressive, em 1994. Em 1995 a banda lançou outro single, Once… Upon A December's Dawn, já mostrando a mistura do folk com música clássica e metal extremo que tornou banda famosa, e em 2000 a banda se consolida de vez no cenário do Metal com Awaking The Centuries.

Dentre trocas constantes de mais de uma dezena de membros, a banda lança em 2004 a sua obra-prima, o conceitual Eppur Si Muove. Entre dez faixas do mais puro metal sinfônico, o álbum narra a história da vida e perspectiva científica do filósofo, matemático e astrônomo Galileu Galilei, que foi condenado pela Santa Inquisisição por conta de seus conceitos avançados para a época. Ele achava que a Terra girava em torno do Sol, o que era um absurdo na época. "Eppur si muove" (ainda se move) é a frase que Galileu teria supostamente dito ao renunciar suas convicções, para não ser executado.

Pode não ser tão nova a ideia de misturar o metal com elementos da música clássica, mas o Haggard faz isso com maestria. A música clássica se torna muito mais que um mero acréscimo, sendo até mais presente que o metal, sendo imprescindível a presença de instrumentos clássicos, como violinos, oboés, etc. Além disso, a banda explora o tema de forma muito inteligente, cantando em 4 idiomas diferentes (inglês, italiano, latim e alemão), alternando entre vocais líricos, épicos e os incríveis guturais de Asis Nasseri, e também tem os já citados instrumentos clássicos, fazendo um som que nos atinge intensamente e nos leva, literalmente, a uma viagem ao passado, tornando inesquecível a experiência de ouvir a banda.

Apesar de ser difícil apontar destaques neste álbum, algumas faixas se sobressaem: a emocionante Herr Mannelig, com lindos vocais líricos femininos; Of A Might Divine, que tem passagens clássicas que remetem muito ao período da história narrada pelo álbum; a faixa-título, Eppur Si Muove, que tem uma boa sincronia entre os guturais de Nasseri e os líricos femininos; e Per Aspera Ad Astra, o destaque do álbum, com exclelentes alternâncias entre as passagens mais pesadas e as s clássicas, e também entre os vocais líricos femino e masculino e o gutural de Nasseri, e tem até um solinho de guitarra no final.

Eppur Si Muove mostra a banda em sua melhor forma. Sem nenhuma dúvida, posso dizer que ninguém funde com tanta perfeição a música clássica com o metal como o Haggard. E o fato de a banda ter mais de 15 integrantes ajuda muito na música que ela se propõe a fazer, a banda não precisa de uma orquestra, a banda é uma orquestra em si, uma banda única, original, dificilmente alguém imaginaria um som como o que a banda faz.

Enfim, não preciso dizer mais nada, Epuur Si Muove é uma ótima pedida pra quem curte symphonic metal e um som original e muito bem elaborado.

Tracklist:

01 - All’Inizio È La Morte
02 - Menuetto In Fa-Minore
03 - Per Aspera Ad Astra
04 - Of A Might Divine
05 - Gavotta In Si-Minore
06 - Herr Mannelig
07 - The Observer
08 - Eppur Si Muove
09 - Larghetto/Epilogo Adagio
10 - Herr Mannelig (Short Version)

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