terça-feira, 28 de junho de 2011
Álbum da Semana: Shin-Ken - Persefone
Shin-Ken é o terceiro álbum da banda, baseado em histórias de guerras antigas japonesas. Segue a linha do anterior, mas com músicas mais diretas, rápidas e bem mais pesadas, executadas com muita técnica e muito bem trabalhadas. O som é super atmosférico, e tem bons contrastes entre os guturais do vocalista Marc Pia e a voz limpa do tecladista Miguel Espinosa Ortiz, entre guitarras super agressivas e belas passagens de teclado, além de um bom trabalho na bateria, que impõe ritmos poderosos acompanhados de excelentes melodias.
Apesar das músicas mais pesadas, como Fall To Rise, que abre o álbum a todo vapor, a presença do teclado dá espaço para músicas mais calmas, com Purity, que é inteiramente limpa, sem guturais ou guitarras distorcidas, além dos cinco interlúdios que representam os elementos da natureza, que compõem a estrutura do disco e dão mais ênfase à sua atmosfera. Outros destaques são Kusanagi (não banguear ouvindo essa música é impossível), Death Before Dishonour, que mostra toda a técnica da banda, e a faixa título, que é dividida em duas partes, uma super pesada e agressiva e outra mais calma, com bonitas melodias de piano.
Shin-Ken é um álbum complexo, e sempre dá pra perceber algum novo detalhe a cada audição, no qual a banda consegue misturar momentos de pura agressividade com belas melodias como poucas outras, chega a ser difícil acreditar como ela ainda é pouco conhecida. Disco altamente recomendado a fãs do gênero, ou a qualquer um que goste de um som rebuscado e bem trabalhado, que flutue para fora dos padrões.
Tracklist:
01. The Ground Book
02. Fall to Rise
03. Death Before Dishonour
04. The Water Book
05. The Endless Path
06. The Wind Book
07. Purity
08. Rage Stained Blade
09. The Fire Book
10. Kusanagi
11. Shin-Ken Part 1
12. Shin-Ken part 2
13. The Void Book
14. Japanese Poem
15. Sword of The Warrior (Cacophony cover)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Saxon - Call To Arms (Resenha)
A intensa Hammer Of The Gods, com cara de hit, e seu raivoso riff entram rasgando. Ótimo início! E como não podia deixar de ser em um álbum do Saxon, Back In 79 é um hino ao rock and roll e uma homenagem direta ao início da carreira do grupo, por isso, até nas notas das guitarras, transmite toda uma atmosfera saudosista. Em seguida mais duas importantes composições: a animada Surviving Against The Odds e Mists Of Avalon.
Tracklist:
Back In 79
Surviving Against The Odds
Mists Of Avalon
Call To Arms
Chasing The Bullet
Afterburner
When Doomsday Comes
No Rest For The Wickel
Ballad Of The Working Man
Call To Arms (Orchestral Version)
Within Temptation - The Unforgiving (Resenha)
Em 2007, "The Heart Of Everything" já começava a marcar uma mudança de sonoridade da banda Within Temptation. Porém, com "The Unforgiving", seu quinto álbum de estúdio, conceitualmente baseado em uma história em quadrinhos, eles bateram de vez com o martelo na mesa.
Cada detalhe foi bem pensado e bem posto. Riffs heavy podem ser ouvidos como em In The Middle Of The Night e em Iron carregando um ritmo rápido. E ainda há o toque melódico que não poderia faltar em belíssimas canções como Fire And Ice, Lost e The Last Dance (esta com uma levada folk, lembrando certos momentos do Nightwish). Sem falar da capacidade de hits de músicas como Faster, Shot In The Dark e Sinead. Tudo brilhantemente conduzido pela magnífica voz de Sharon Den Adel, que canta com uma maestria, beleza e leveza incríveis, sendo a atração principal.
The Unforgiving, portanto, é um álbum que mostra muito do bom gosto para composições do grupo, com melodias, frases e refrões que entram e latejam dentro da sua cabeça, sendo bastante agradável em todas as audições. Registra um novo começo, algo novo que não passará despercebido, vale muito a pena parar para ouvir.
Nota: 8,5
Shot In The Dark
In The Middle Of The Night
Faster
Fire And Ice
Iron
Where Is The Edge?
Sinéad
Lost
Murder
A Demon's Fate
Stairway To The Skies
I Don't Wanna
Empty Eyes
The Last Dance
quarta-feira, 22 de junho de 2011
UnexpecT - Fables of the Sleepless Empire [Review]
terça-feira, 21 de junho de 2011
Anjo Gabriel - O Culto Secreto do Anjo Gabriel [Review]
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Álbum da semana: Psalm 69 - Ministry
Se o fim do mundo fosse acompanhado de demônios cuspindo fogo e o caos absoluto, este disco seria a trilha sonora ideal.
Sons de sirenes, gritos deseperados, pregações religiosas, guitarras dilacerantes e vocais que parecem evocar alguma maldição antiga. A síntese do metal industrial está aqui, só que feita com muito mais competência e qualidade do gente como o anti-cristo da Walt Disney Marilyn Manson. Psalm 69, uma ópera-rock satânica sobre o fim do mundo, foi concebida por Al Jourgenson e Paul Barker. O som criado pela dupla consegue aliar peso e agressividade a um som atmosférico, uma espécie de filme de terror para os ouvidos.
O clipe de ''Just One Fix'' causou polêmica mostrando um homem em crise de abstinência, e só foi ao ar na MTV depois do sucesso do álbum. ''Jesus Built My Hotrod'' destoa do som obscuro e sombrio das outras músicas, mas o seu single ajudou no sucesso do disco.
Apesar do música nada comercial e de difícil assimilação, Psalm 69 ganhou disco de platina e também foi bem recebido pela crítica, sendo eleito o quinto melhor disco do ano pela revista Spin. Além de marco zero para o metal industrial, também há o flerte da música pesada com a eletrônica em faixas como ''N.W.O.'', também sendo muito recomendado para quem quer começar a ouvir música eletrônica mas acha o Daft Punk repetitivo e o Chemical Brothers muito cabeça.
Tracklist:
1. N.W.O.
2. Just One Fix
3. TV II
4. Hero
5. Jesus Built My Hotrod
6. Scare Crow
7. Psalm 69
8. Corrosion
9. Grace
domingo, 19 de junho de 2011
Rhapsody Of Fire - From Chaos To Eternity [Review]
O som característico da banda sempre foi o mesmo, sem tantas mudanças na estrutura, e não é neste álbum que veremos alguma. Um som grandioso, épico, "Hollywoodiano", como a própria banda gosta de dizer é o que se encontra aqui, além de alguns elementos barrocos. E neste álbum a banda conta ainda com o virtuoso Tom Hess, famoso por seus cursos online de guitarra. A entrada do guitarrista só aumentou o poder do grupo, e From Chaos To Eternity apresenta um dos melhores trabalhos instrumentais da banda. O trabalho nos teclados está mais moderno, e conta até com timbres eletrônicos. As orquestrações estão mais simplificadas, mas ainda dão aquela atmosfera épica quando aliadas a corais líricos, e cumprem o seu papel perfeitamente. A produção está impecável, como sempre.
Como de costume, o disco abre com uma narrativa, Ad Infinitum, e Christopher Lee mais uma vez empresta sua voz. A narração é seguida de um coro e já emendada com a faixa-título, rápida e com um poderoso refrão, com coros fortes elevando a atmosfera épica. Em seguida temos Tempesta Di Fuoco, o primeiro speed metal da banda cantada em italiano, possui um bom solo de teclado, com um timbre mais moderno, o que não é muito usual nas canções da banda.
Ghost Of Forgotten Worlds é a próxima faixa, com guitarras ativas e virtuosas, e com uma grande atuação de Fabio Lione. Anima Perduta é uma canção típica dos álbuns da banda, com uma atmosfera bastante lírica e cantada em italiano. Aeons Of Raging Darkness é rápida e tem orquestrações carregadas, e conta até com alguns vocais rasgados de Fabio Lione. I Belong To The Stars é outra com toques mais modernos, possui coros incríveis e diferentes camadas de vozes.
As melhores faixas são as duas últimas. Tornado explora ao máximo as características da banda, tem guitarras limpas e rápidas, boas orquestrações coros inspiradores. Heroes Of The Waterfalls' Kingdom é a faixa que resume toda a história da saga, ao longo de seus vinte minutos. Tem diversas narrações e diálogos, começa como uma folclórica música italiana, depois tem uma passagem mais densa, com orquestrações carregadas e até a presença de guturais, seguida de solos de guitarra em meio ao caos, que dão lugar a um speed metal com coros potentes e refrãos empolgantes, encerrando o álbum com maestria.
From Chaos To Eternity não é o melhor da banda, mas encerra a saga contruída de forma digna. Uma característica da banda é que, apesar de a estrutura seguir a mesma e sem tantas mudanças, as canções dos discos são bem distinguidas, tanto nas letras quanto nas sinfonias, isso faz os discos soarem individuais e faz a banda conseguir renovar a história a cada álbum lançado. Que o fim dessa saga não acabe com a criatividade do grupo, e que venham outras sagas por aí.
Nota 8,5
Tracklist:
1. Ad Infinitum
2. From Chaos to Eternity
3. Tempesta Di Fuoco
4. Ghosts of Forgotten Worlds
5. Anima Perduta
6. Aeons of Raging Darkness
7. I Belong to the Stars
8. Tornado
9. Heroes of the Waterfalls' Kingdom
Black Country Communion - 2 [Review]
Há menos de um ano atrás, o Black Country Communion apresentava ao mundo o seu ótimo debut, "Black Country", conseguindo uma ótima repercussão tanto com os fãs quanto com a mídia especializada. Logo a banda voltou ao estúdio para gravar um novo álbum, intitulado apenas de "2". Para aqueles que ainda não sabem, o Black Country Communion é uma banda formada por Glenn Hughes (baixo, vocal), Joe Bonamassa (guitarra, vocal), Derek Sherinian (teclado) e Jason Bonham (bateria), ou seja, a soma de músicos deste calibre e a amostra que tivemos em "Black Country" tornou iminente a qualidade musical esperada em "2", provando novamente que o Black Country Communion não veio apenas para dar mais volume à lista dos chamados "supergrupos".
No geral, não houveram grandes mudanças no estilo do Black Country, é em sua maior parte o mesmo Hard/Blues Rock presente no primeiro disco, porém o que fica claro logo de cara é que há uma melhor distribuição instrumental em "2", especialmente em relação aos teclados de Derek Sherinian, que deixaram de servir apenas como plano de fundo e se tornaram muito mais presentes nas composições. Não é necessário ir muito longe para perceber isso, basta conferir a primeira faixa, The Outsider, uma paulada perfeita para abrir o disco e que conta com solos de teclado no melhor estilo Deep Purple.
Há algumas fortes influências do Led Zeppelin, seja nos riffs de guitarra ou na forma de tocar de Jason Bonham, que se assemelha a forma que seu pai (John Bonham) tocava. Porém, o que deixará os fãs de Led Zeppelin realmente interessados é a música Save Me, que é uma espécie de faixa inacabada do Zeppelin. Jason começou a compor a música com Jimmy Page e John Paul Jones na época do show de reunião do Led Zeppelin em 2007. O baterista pegou a ideia inicial da canção e terminou de escrevê-la com seus companheiros de banda, o resultado está presente em "2".
Glenn Hughes novamente rouba a cena com seu baixo pulsante e a potência impressionante de sua voz, dando um show de técnica vocal e interpretação, seja em faixas mais agressivas como Man in the Middle (confira o clipe da música aqui) ou em outras mais melancólicas como Little Secret. Esta última, uma música mais bluseira onde Joe Bonamassa simplesmente faz a guitarra chorar. O guitarrista também assume os vocais principais em duas faixas, The Battle for Hadrian's Wall e An Ordinary Son, duas músicas que conseguem se sobressair por suas atmosferas diferenciadas do restante do álbum. Porém, o ápice chega na faixa final, a dramática e viajante Cold.
Pela segunda vez seguida, o Black Country Communion brinda os fãs do bom e velho Rock 'n Roll com um trabalho que resgata o tipo de sonoridade que muitos sentiam falta. Mais uma vez a banda cumpre o que se propõe a fazer com maestria, portanto se você gostou do primeiro não hesite em ir atrás de "2" e aumentar o volume!
Nota: 9,5
Tracklist:
01. The Outsider
02. Man In The Middle
03. The Battle For Hadrian's Wall
04. Save Me
05. Smokestack Woman
06. Faithless
07. An Ordinary Son
08. I Can See Your Spirit
09. Little Secret
10. Crossfire
11. Cold
Amon Amarth - Surtur Rising (Resenha)
Nota: 9,0
War Of The Gods
sábado, 18 de junho de 2011
Vídeo Clipe do Mês
Após a saída de Dio do Black Sabbath, Tony Iommi convidou Ian Gillian para gravar os vocais do próximo disco da banda, Born Again. O disco não foi bem recebido pela crítica nem pelos fãs, que esperavam um pouco mais dessa parceria. Mais de vinte anos depois, Iommi e Gillian se juntam a outros consagrados músicos como Nicko Mcbrain, Jon Lord, Jason Newsted (ex-Metallica) e Linde Lindstrom (HIM) para gravar um compacto em CD com duas faixas para arrecadar fundos para reconstrução de uma escola de música na Armênia que foi destruída por um terremoto. ''Out Of My Mind'' é a faixa principal e a única que ganhou um vídeo clipe.
O segundo vídeo é do amigo e arqui-rival de Frank Zappa, falecido no ano passado, Captain Beefheart e a sua Magic Band com ''Sure Nuff 'N' Yes I Do'', uma faixa do seu disco de estréia Safe As Milk.
Top 3: Caetano Veloso
DevilDriver - Beast (Resenha)
Banda de death metal originária da Califórnia, EUA, o DevilDriver lança em 2011 "Beast" com a tarefa de tentar igualar ou superar os ótimos "Pray For Villains" (2009) e "The Last Kind Words" (2007).
Muitas bandas deste gênero de metal extremo mais melódico têm caido inevitavelmente na repetição e com seu som se deixando abater pelo tédio. Outras, empolgam mais a cada álbum. O último caso é o do DevilDriver que se não fez nada de tão inédito, conseguiu compor músicas que ultrapassam a barreira da falta de inspiração, fazendo assim uma espécie de greatest hits. Os musicistas imprimiram a mesma pegada do início até a última nota, não permitindo que você fique um só minuto com vontade de trocar de música. Sim, este álbum supera tudo o que o grupo já fez.
Começando já com um petardo, Dead To Rights, música muito bem escolhida como primeira faixa. Com as guitarras ditando os riffs e as batidas da bateria de John Boecklin massacrando simutanemente, a canção vai fluindo de forma avassaladora até o ótimo refrão. Junto com ela, mais duas tracks entram para o top da banda: Bring The Fight (To The Floor) e You Make Me Sick, com riffs potentes e vocais totalmente hostis e soberbos de Dez Fafara, que tem uma atuação impecável. "Beast" ainda tem um desfile de outras pancadas na orelha: Shitlist, Coldblooded, The Blame Game, Black Soul Choir, etc. Todas fantásticas.
"Besta" mostra a força do DevilDriver - que se mostra uma verdadeira monstruosidade sonora, no bom sentido que isso pode ter no contexto do death metal - podendo facilmente figurar entre os melhores do ano. É garantido que agradará a qualquer fã de metal pesado com verdadeiros guturais bem feitos. Recomendadíssimo!
Nota: 9,0
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Graveyard - Hisingen Blues [Review]
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Heróis do Udigrudi
Cortês abriu as portas de sua casa e a transformou num recanto cultura, um verdadeiro ''QG da psicodelia'', como descreveu Zé da Flauta, um ativo participante do movimento. ''uma escola de artes aberta onde se fazia livros, discos, shows, fotografia, filmes Super 8, trabalhos gráficos e se ouvia muita música, muita!'', relembra. Com a sua casa transformada em ponto de encontro, é de se entender porque o disco seguinte, Paêbiru, o ''Tropicalia nordestino'' (uma comparação sensata, tendo em vista que reuniu grandes nomes da cena, como Geraldo Azevedo e Alceu
Álbum da Semana: Fused - Tony Iommi & Glenn Hughes
A primeira parceria entre os lendários Tony Iommi e Glenn Hughes aconteceu em 1985 quando Iommi foi abandonado pelo restante de seus parceiros no Black Sabbath. Iommi recrutou uma nova formação, que incluía Glenn Hughes, para o que seria seu primeiro álbum solo, "Seventh Star". Porém por pressão da gravadora, o disco foi lançado como um álbum do Black Sabbath e gerou uma certa polêmica entre os fãs, por se afastar um pouco da sonoridade tradicional do Sabbath.
Glenn Hughes foi demitido após alguns shows da turnê de "Seventh Star", sendo substituído por Ray Gillen. A dupla voltou a trabalhar novamente em 1996 quando gravaram algumas canções, porém sem a intenção de lançarem um álbum. As gravações logo caíram nas mãos de fãs e passaram a circular entre o público, o bootleg recebeu o nome de "Eighth Star". Somente em 2004 as gravações foram remixadas e lançadas no EP "The 1996 DEP Sessions".
Com a boa repercussão do EP, Iommi e Hughes se juntaram um ano depois e lançaram o ótimo "Fused". O casamento perfeito entre a grandeza da voz de Glenn Hughes e o peso dos riffs de Tony Iommi. Um disco avassalador do começo ao fim e talvez o auge da parceria desta dupla. Altamente recomendado!
DOWNLOAD
Tracklist:
01. Dopamine
02. Wasted Again
03. Saviour of the Real
04. Resolution Song
05. Grace
06. Deep Inside a Shell
07. What You're Living For
08. Face Your Fear
09. The Spell
10. I Go Insane
MaYaN - Quarterpast [Review]
Mayan é o novo projeto paralelo de Mark Jansen, fundador, guitarrista e vocalista do Epica. O Mayan (ou MaYaN, como a banda gosta de escrever) traz um excelente time de músicos em sua formação, fora Mark Jansen a banda também conta com: Isaac Delahaye, Ariën Van Weesenbeek, Frank Schiphorst, Rob van der Loo e Jack Driessen, fora diversas participações especiais.
"Symphonic Death Metal Opera", são com essas palavras que você deparará ao olhar para a capa de "Quarterpast", e tais palavras ajudam a definir a sonoridade aqui encontrada. O Mayan se assemelha em partes ao que Jansen já produziu em suas outras bandas, After Forever e Epica, porém dando muito mais ênfase ao lado Death Metal da coisa, que apesar de sempre presente, nunca chegou às proporções de "Quarterpast". As músicas foram em sua grande parte compostas por Mark, Frank e Jack, o que leva as composições para caminhos diferentes dos tomados pelas supracitadas bandas, dessa forma também, atingindo públicos diferentes.
O álbum abrange de maneira impecável diversas vertentes da música pesada, entre as mais notáveis estão Death/Black Metal, Symphonic Metal e Prog Metal. Tamanha variedade eleva consideravelmente o nível de complexidade do disco, tornando necessária mais de uma audição para que todas as camadas musicais possam ser exploradas com a devida atenção.
As faixas fluem de maneira bastante natural. Apesar da brutalidade intensa, há orquestrações fortes e diversas passagens melódicas, incluindo a adição de vocais limpos, tanto masculinos quanto femininos. "Quarterpast" conta com as participações especiais de: Henning Basse, Laura Macri, Simone Simons e Floor Jansen. As duas últimas nem tanto surpreendentes, porém com a mesma competência e talento de sempre. O trabalho de guitarras está bastante presente, com vários riffs e passagens técnicas e interessantes de Isaac Delahaye e Frank Schiphorst (Mark Jansen assume apenas os vocais no MaYaN). De modo geral, um álbum surpreendente e que foge do excesso de clichês.
É difícil recomendar "Quarterpast" para uma parcela específica do público por causa das diversas direções que toma ao decorrer das faixas, porém é um trabalho que dificilmente desapontará fãs de bandas como o Epica e também será de grande agrado para aqueles com um gosto musical mais abrangente. Se você faz parte de um desses grupos, corra atrás de sua cópia, pois "Quarterpast" é um prato cheio!
Nota: 8,5
Tracklist:
01. Symphony Of Aggression
02. Mainstay Of Society
03. Quarterpast
04. Course Of Life
05. The Savage Massacre
06. Essenza Di Te
07. Bite The Bullet
08. Drown The Demon
09. Celibate Aphrodite
10. War On Terror
11. Tithe
12. Sinner's Last Retreat - Deed Of Awakening (Bonus Track)
terça-feira, 14 de junho de 2011
Alestorm - Back Through Time [Review]
Uma das coisas boas de se falar da banda é que não tem muito o que falar mesmo. Não há necessidade de falar sobre o que desenvolveram, pois não mudaram em nada. E essa é sua maior força, pois o que a banda fez nos dois álbuns anteriores agradou a maioria dos que ouviram, e, apesar da ausência de mudanças, o terceiro álbum era esperado com uma certa ânsia por parte dos fãs.
Mas a maior força da banda também é sua maior fraqueza, tudo em Back Through Time é muito previsível, e sem tanta inspiração como o anterior. Neste álbum há até faixas que poderiam ser referentes a outras do álbum anterior: Black Through Time é bastante parecida com The Quest, Scraping The Barrel é uma versão menos inspirada de To The End of Our Days e Shipwrecked tem o mesmo contexto dentro do álbum que Kellhauled.
Isso não diminui a diversão que se tem ao ouvir o disco, pois ele tem bons momentos e entrega boas melodias, como as de The Sunk’n Norwegian, Midget Saw e Rum, a melhor, mas o torna bem menos instigante, pois piratas não é um tema fresco e intrigante como era anteriormente, e dificilmente agradará aos que já não gostaram da banda nos discos anteriores, mas para quem gosta da banda é um prato cheio. Um pouco mais de pretensão talvez ajudasse a banda a conquistar novos fãs. Não precisa mudar o estilo, só se preocupar um pouco mais em diversificar as música. Mas eles parecem satisfeitos com o que conquistaram e parecem não dar a mínima para isso.
Nota 7,0
Tracklist:
1. Back Through Time
2. Shipwrecked
3. The Sunk'n Norwegian
4. Midget Saw
5. Buckfast Powersmash
6. Scraping The Barrel
7. Rum
8. Swashbuckled
9. Rumpelkombo
10. Barrett's Privateers
11. Death Throes Of The Terrorsquid
Symphony X - Iconoclast (Resenha)
domingo, 12 de junho de 2011
Foo Fighters - Wasting Light [Review]
Depois de quatro anos sem lançar disco, Dave Grohl resolveu reunir a sua banda na garagem de sua casa e gravar o novo disco do Foo Fighters. Grohl explicou a sua vontade de voltar às origens: ''A forma como você faz um álbum dita a forma como ele vai soar. Um dos meus discos favoritos [do Foo Fighters] foi nosso terceiro, que fizemos em meu porão na Virginia.'' Para fechar o ciclo de ''volta aos bons tempos'', o guitarrista Pat Smear retornou ao grupo e a produção ficou por conta de Butch Vig, que também produziu o Nevermind do Nirvana.
O riff metralhado seguido de um grito de Grohl em ''Bridge Burning'' mais o vocal quase Ininteligível e a guitarra distorcida em ''White Limo'' já são a prova de que este é o álbum mais pesado do conjunto americano.
Mas nem tudo é uma pancada seca. Há faixas que conciliam de forma majestosa peso e melodia, como ''Dear Rosemary', ''Back & Forth'' e ''Arlandria''. ''I Should Have Know'', que conta com o ex-companheiro de Nirvana Krist Novoselic no baixo, é introduzida como uma balada, mas se desenvolve numa ponte sedutora até eclodir em um grande refrão. ''One Of These Days'' também é uma espécie de semibalada com refrão grudento e instrumental sacolejante.
Com quase toda a discografia em nível mediano, o Foo Fighters produz um rock de garagem direto ao ponto e sem aparatos tecnológicos de última geração em Wasting Light. Começou com cinco caras tocando e se divertindo numa garagem e terminou o melhor álbum já lançado pela banda e grande concorrente as listas de melhores do ano.
Nota 9,5:
Tracklist:
01 – Bridge Burning
02 – Rope
03 – Dear Rosemary
04 – White Limo
05 – Arlandria
06 – These Days
07 – Back & Forth
08 – A Matter Of Time
09 – Miss The Misery
10 – I Should Have Known
11 – Walk