sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011 a todos!!!

Um feliz 2011 a todos, são os sinceros votos do Fórum e Blog Metal Is The Law. Agradecemos a todos os que têm nos acompanhado e que compartilharam durante o ano de 2010 a paixão pela música. Agradecemos aos membros do fórum e aos visitantes e seguidores do blog, cada comentário e visita foi muito importante para nós e preponderante para atingirmos a marca de mais de 12 mil visitas em menos de um ano de existência. A meta é continuar crescendo e melhorando ainda mais para dar aos fãs de Rock N' Roll o melhor nível possível de informação, sugestões musicais e diversão.

Algumas novidades serão providenciadas para 2011, entre as quais estão um maior número de matérias e playlist; resenhas de álbuns ao vivo, o que já começou com a review do Big 4 em Sofia, Bulgária; o "Classic Albums", postagens sobre discos que ficaram marcados na história; o "Top 3 - Melhores Discos" que trará uma seleção das três obras-primas de determinada banda; e é claro, não iremos deixar o aniversário de 1 ano do blog passar em branco e iremos preparar algo especial para Abril, nossa data de comemoração. Além de manter releases dos lançamentos do ano e o "Álbum da Semana" com dicas semanais de bandas desconhecidas e/ou subestimadas.

Portanto, fique atento às novidades que virão e permaneça conosco para um ano que promete muito no campo do entretenimento musical.

Feliz 2011!!

Dos redatores do blog e ADM's do fórum.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Melhores Discos de 2010 - Parte 5

O ano de 2010 vai se acabando e deixando a sensação de que a música continua firme e forte, lançando diversos músicos competentíssimos, de muita qualidade e criatividade.

Se um top 20 de melhores álbuns do ano ainda deixaria um tanto de bons trabalhos de fora, um top 10 é quase martirizante de se fazer. Na minha lista, entraram e sairam vários álbuns, por várias vezes, e quando eu achava que ela estava finalmente pronta, tinha que fazer mais alguma mudança.

Tive que deixar bandas e álbuns que gosto muito de fora, mas estou satisfeito com o produto final. Então, confira abaixo a última lista de "Melhores de 2010" pelo Metal Is The Law, e não se esqueça de comentar, mesmo que a lista destoe da sua opinião.

Lista elaborada por Douglas Paraguassú



10°) Witchkrieg - Witchery

Álbum super pesado mas com muito mais qualidade do que um "death metal podrão". Aqui você encontra riffs beirando o thrash metal e solos habilidosos, com direito a participações especiais de Kerry King (Slayer), Gary Holt e Lee Altus (Exodus) e Hank Shermann (ex-Mercyful Fate). É o melhor álbum da carreira do Witchery.


9°) The Seraphic Clockwork - Vanden Plas

Metal Progressivo competentíssimo do Vanden Plas, mostrando que sabe o que faz ao trabalhar com um estilo musical tão difícil. Álbum cheio de melodia e momentos de ápice.


8°) Blood Of The Nations - Accept

Por incrível que pareça, eu detestei esse álbum nas primeiras vezes que eu ouvi, quando foi lançado. Mas como eu vi a quantidade de elogios que "Blood Of The Nations" estava recebendo, resolvi por ele para tocar mais vezes e percebi o enorme erro que cometi ao renegá-lo. O Accept simplesmente produziu uma das maiores obras-primas de sua carreira.


7°) Axioma Ethica Odini - Enslaved

O Enslaved produziu um grande disco. Músicas marcadas por incríveis guturais, passagens acústicas, melodia e peso. Para quem é fã de música pesada, vale a pena ouvir.


6°) Sting In The Tail - Scorpions

Encerram a longa estrada com esse álbum, mas ao menos encerram por cima. O Scorpions foi mais uma banda que produziu um dos melhores discos de sua discografia. Hard rock que muitas vezes lembra a história gloriosa dos alemães, repleto de músicas realmente poderosas.


5°) The Fallen Grace - The Archetype

Os italianos do The Archetype fizeram um álbum sensacional. Uniram vocais guturais e vocais limpos, partes melódicas surpreendentes, músicas fortes e baladas formidáveis, inclusive uma delas cantada na língua nativa dos músicos. Agora, foi só eu que vi na capa a bandeira da Itália na janela?


4°) Black Country - Black Country Communion

Aí está um supergrupo para dar o que falar e muito o que ouvir. Músicos de qualidade desconhecida por muitos como Bonamassa e Jason Bonham (ainda tinha que honrar o nome) se uniram aos aclamados Derek Sherinian e Glenn Hughes para lançar um álbum majestoso. Quem ainda não ouviu, deve correr imediatamente.


3°) Order Of The Black - Black Label Society

O guitarrista e dono da banda, Zakk Wylde, voltou com tudo após sua saída da banda de Ozzy Osbourne. Metal como só o guitarrista sabe fazer, bem poderoso e selvagem. Só para se tornar repetitivo, um dos melhores da história do grupo.


2°) Ironbound - Overkill

Esses caras parecem ter voltado aos 20 anos, que petardo! Não só a cozinha e as guitarras soam muito bem, como o vocalista Bobby "Blitz" canta demais com seus vocais hostis e animalescos. Clássico!


1°) Discipline Of Hate - Korzus

O primeiro lugar da minha lista vai para os brasileiros do Korzus, de forma muito merecida. A muito tempo que o Brasil não lançava algo tão bom dentro do thrash metal. "Discipline Of Hate" é primoroso e com ele esperamos que essa banda tão esquecida ganhe o devido reconhecimento, nacional e também internacional.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Spiritual Beggars - Return To Zero [Review]

Procurando resgatar a sonoridade das bandas de rock dos anos 70 e todo o seu brilhantismo, o guitarrista Michael Amott (Arch Enemy) , depois de sua saída do Carcass fundou o Spiritual Beggars em 1994. E chamou um time de peso para isso, com músicos de qualidade indiscutível, como o baixista Sharlee D'Angelo (Mercyful Fate, Arch Enemy, Witchery), o baterista Ludwig Witt (Firebird) e o tecladista Per Wiberg (Opeth). E este disco conta ainda com a estreia de Apollo Papathanasio, vocalista do Firewind.

Este disco não tem tantas distorções quanto os anteriores, além de ter mais melodias, mas ainda assim é mais pesado e também mais voltado ao som setentista. Papathanasio contribui para isso, com sua voz potente e melódica, aliada às claras influências de Michael Schenker sobre Michael Amott, e à Per Wiberg, responsável pelo teclado e o nostálgico órgão Hammond.

O álbum começa com uma intro que leva o nome do disco, um pouco psicodélica, emendada em Lost In Yesterday, que dita o tom do disco com seu peso e melodias típicas dos anos 70. Star Born é um pouco mais alegre, mas segue a mesma linha. The Chaos Of Rebirth começa mais densa, com riffs arrastados, mas acelera do meio pro fim. We Are Free e Dead Weight são bem "sabbathicas", os riffs poderiam ter vindo diretamente de Tony Iommi. A bela e melancólica Spirit Of The Wind difere de todo o resto do álbum, mas é um dos destaques, com uma melodia simples de teclado do início ao fim. Coming Home e Concrete Horizon são ecos latentes de Deep Purple e Michael Schenker Group. A New Day Rising e a balada The Road Less Travelled, além da já citada The Chaos Of Rebirth, mostram uma sonoridade mais própria da banda, mas sem largar as influências setentistas. Believe In Me é o destaque do disco, com um riff sensacional que se estende por toda a música entre boas passagens de teclado. Na versão japonesa do álbum ainda encontramos um cover muito bem feito de Time To Live, do Uriah Heep.

No geral, o álbum não tem tantas novidades, o estilo que a banda se propõe a fazer também não permite muitas mudanças, exceto pela estreia de Papathanasio, que, sem dúvida alguma, faz a banda soar diferente, mas é um ponto positivo, pois o vocalista se entrega verdadeiramente às canções com uma emoção tangível, fazendo a banda soa ainda melhor do que antes. A qualidade das músicas é indiscutível, e o Sipritual Beggars ainda destila o seu som fino, com toda a pompa que o hard rock setentista merece, uma verdadeira homenagem à essa década tão importante para o Hard Rock e o surgimento do Heavy Metal.

Tracklist:

01. Return To Zero (intro)
02. Lost In Yesterday
03. Star Born
04. Chaos Of Rebirth
05. We Are Free
06. Spirit Of The Wind
07. Coming Home
08. Concrete Horizon
09. A New Dawn Rising
10. Believe In Me
11. Dead Weight
12. The Road Less Travelled

Japanese Bonus Track:

13. Time To Live (Uriah Heep Cover)


Não deixe de acessar o Forum Metal Is The Law para comentar sobre o Spiritual Beggars também sobre Rock, Jazz, Blues e Heavy Metal em geral

Álbum da Semana: Magic Christian Music - Badfinger

Em 1970, Paul McCartney declarava o fim dos Beatles. A Apple, gravadora criada pela banda em 1968 seguiu sua vida, lançando discos solos dos quatro Beatles. Mas a Apple não vivia só disso, ela contratou vários artistas e bandas, alguns muito populares, como James Taylor e Ravi Shankar, o guru de George Harrison, outros injustiçados e esquecidos, como o Badfinger.

O Badfinger foi a única banda de rock do selo Apple. Recebida com grande entusiasmo por John Lennon, que sugeriu o nome de The Glass Onion And Grad Pix, quando a banda ainda chamava-se The Iveys, e Paul McCartney, que compos a harmoniosa Come And Get It e participou de sua gravação tocando instrumentos de percussão. McCartney também aparece tocando piano em Rock Of All Ages, um rock agitado e inspirado; clássico da banda e candidato fácil a melhor faixa de Magic Christian Music.

O álbum está recheado de baladas fáceis, sinceras e divertidas simultaneamente, como Fisherman, Beautiful And Blue, Dear Angie e Maybe Tomorrow. Crimson Ship, Midnight Sun, Arthur, e a já citada Rock Of All Ages compõem o lado do rock n´ roll do play, que por sua vez, também é simples e contagiante.

Magic Christian Music pode até não ser o melhor disco da banda, mas as levadas melódicas da guitarra de Pete Ham e Tom Evans - que viriam a suicidar-se em períodos distintos - são gostosas, e o vocal saudosista de Ham e participações de Paul McCartney aumentam ainda mais esse clima. Típico do Badfinger, fácil digestão e simplicidade.

DOWNLOAD

1. Come And Get It
2. Crimson Ship
3. Dear Angie
4. Fisherman
5. Midnight Sun
6. Beautiful And Blue
7. Rock Of All Ages
8. Carry On Till Tomorrow
9. I’m In Love
10. Walk Out In The Rain
11. Angelique
12. They’re Knocking Down Our Home
13. Give It A Try
14. Maybe Tomorrow
15. Storm in a Teacup
16. Arthur

Para fazer o download, é requisitado ser cadastrado no Fórum Metal Is The Law. Aproveite para debater sobre o Badfinger e outras bandas do mundo curioso do Rock, Metal, Jazz e Blues.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dirty Side Down - Widespread Panic [Review]

Com 24 anos de vida, os americanos do Widespread Panic permanecem desconhecidos em terras tupiniquins, mas tendo o seu trabalho conhecido e adorado pelos americanos, que acompanham atenciosamente cada passo da banda.

O grupo faz uma mistura de country, southern rock e blues rock, e no seu som sentimos os reflexos de bandas como Allman Brothers Band, Creedence Clearwater Revival, Greatful Dead e Lynyrd Skynyrd, diferenciando-se pelo seu formato mais descontraído e um pouco mais leve.

Dirty Side Down é décimo primeiro disco da banda, e seguindo o exemplo dos últimos quatro álbuns, foi lançado pela própria gravadora da banda, Widespread Records, que vem põe os trabalhos da banda no mercado desde 2001.

As duas primeiras faixas, Saint Ex e North, com melodias revigorantes e refrões que levantam até defunto, servem sinopse de todo o álbum. Mesmo assim, a instrumental tímida, St. Louis, é a cereja da torta. As baladas conduzidas no violão This Cruel Thing e When You Coming Home são simpáticas e bem-vindas. As vitrines country, Shut Up and Drive e Clinic Cynic, e o fundamental rock do sul dos EUA em True To My Nature, Visiting Day e Cotton Was King, comprovam as fontes de inspiração e os ídolos do conjunto citadas no começo do texto.

Dirty Side Down é a prova viva da importância e influência do southern rock setentista. Singelo, beirando a ingenuidade, o play encanta a todos na primeira audição. Não é difícil imaginar porque ele está em 75% das listas de melhores de 2010 postadas até agora. Essencial é eufemismo!


Tracklist:

1. Saint Ex
2. North
3. Dirty Side Down
4. This Cruel Thing
5. Visiting Day
6. Clinic Cynic
7. St. Louis
8. Shut Up and Drive
9. True to My Nature
10. When You Coming Home
11. Jaded Tourist
12. Cotton Was King

Os Melhores Discos de 2010 - Parte 4

Finalmente chegamos no final de 2010, ano que ao meu ver foi um muito positivo para a música em termos de lançamentos. Tivemos bandas clássicas retornando com novos álbuns e o Brasil mostrando que entrou de vez na rota dos grandes shows. Infelizmente o ano também foi marcado por notícias ruins como a morte de Ronnie James Dio e bandas como o Scorpions anunciaram o fim de suas atividades, nos fazendo lembrar que tudo um dia chega ao fim. Por outro lado, novas bandas surgiram e mostraram que sim, a música ainda está em boas mãos.

Como só há lugar para 10 discos, alguns bons lançamentos tiveram que ficar de fora da lista, o mais difícil nessas horas era escolher quem tirar da lista. No fim das contas acredito que consegui selecionar os 10 lançamentos que mais me agradaram ao longo do ano. Sem mais enrolações, vamos ao que interessa:

Lista por Pedro Kirsten.

10º) Marrow of the Spirit - Agalloch
 A longa espera para este lançamento valeu a pena. Novamente a banda de Black Metal, Agalloch, conseguiu surpeender, incorporando novamente elementos do Doom e Folk Metal e ainda encontrando espaço para belas passagens acústicas e de violoncelos. Instrumental excelente. A capa resume bem o clima presente no álbum mesmo em seus momentos mais leves: sombrio e enigmático.
 
9º) The Seraphic Clockwork - Vanden Plas
Metal Progressivo com tudo que se tem direito. O Vanden Plas prova que continua sendo uma das bandas que mais interessam no estilo em um dos melhores álbuns de sua carreira. "The Seraphic Clockwork" mostra que os músicos nada deixam a desejar, tanto no quesito técnica quanto em capacidade musical.

8º) Black Country - Black Country Communion
Glenn Hughes, Derek Sherinian, Joe Bonamassa e Jason Bonham juntos na mesma banda. Sério, o que poderia dar errado?

7º) The Crown of Creation - Lucifer Was
Desta vez o Lucifer Was se juntou a uma orquestra sinfônica e apostou no álbum conceitual "The Crown of Creation". O álbum é uma espécie de Metal Opera, as vezes mais opera do que metal devido ao clima teatral que as músicas proporcionam. Os duetos de vocais masculinos e femininos harmonizam muito bem com a sutileza da sinfônia e o peso das guitarras. Trabalho belíssimo.
6º) The Living Tree - Jon Anderson & Rick Wakeman
O debut da parceria de Jon Anderson e Rick Wakeman pode não ter sido uma unanimidade entre os fãs do rock progressivo, mas pessoalmente foi um álbum que me agradou demais. "The Living Tree" mostra um lado ainda mais melódico dos músicos. Ele pode não parecer tão significante no ínicio, mas mostra uma bela química entre a dupla em belas composições que lhe fazem querer ouvir o disco repetidamente.

5º) A Child In The Mirror - Ciccada
A melhor estréia do ano ficou por conta da banda grega Ciccada. Em seu debut, "A Child In The Mirror", as influências folk estão por todos os cantos do rock progressivo da banda. A banda me lembrou alguns nomes conhecidos do progressivo como Gryphon, Gentle Giant e Jethro Tull, provavelmente três fortes influências para a os músicos. A bela voz da vocalista Evangelia Kozoni é um dos destaques, assim como o ecletismo musical que além dos gêneros já citados também possui características do jazz e do symphonic prog.

4º) Orchestrion - Pat Metheny
Não é novidade que Pat Metheny continua sendo um dos maiores nomes do Jazz atual, também não é novidade que ele não tem medo de arriscar em seus discos. Neste álbum Pat faz o uso do chamado Orchestrion, deixarei para me estender sobre o assunto outra hora, mas resumidamente ele pegou o conceito de "álbum solo" e elevou ao extremo. Como? Substituindo sua banda por músicos "robôs" controlados por ele. Por incrível que pareça os instrumentos não soam mecânicos e em certos momentos você até esquece que só há um humano tocando tudo. Mesmo com uma perda na parte de dinâmica é impossível não resistir ao fraseado inteligente do guitarrista que resulta em um álbum complexo, mas mesmo assim fácil de se assimilar até mesmo por aqueles desacostumados com o estilo.
3º) Distorted Memories - Life Line Project
Parece que o Life Line Project atingiu o que pode ser o pico de sua carreira com "Distorted Memories". O álbum é bastante influênciado por bandas progressivas da década de 70, mas ainda possuí um toque moderno. O trabalho de teclados de Erik de Beer é simplismente sensacional, um show de timbres e originalidade.

2º) Bateless Edge - Frogg Café
Jazz Fusion de altíssima qualidade, soando bastante avant-garde e atmosférico. Impossível deixar de fora um trabalho feito por músicos tão profissionais e criativos como estes.

1º) The Never Ending Way of ORwarriOR - Orphaned Land
Fiquei com o pé atrás para este lançamento, mas os israelenses do Orphaned Land conseguiram o que poucos conseguem atualmente: lançar duas obras-primas seguidas. Este álbum consegue ser tão bom quanto seu sucessor, "Mabool", e foi um dos lançamentos que mais ouvi ao longo do ano, além de ter se mantido firme em minha lista de melhores do ano desde seu lançamento (em Janeiro). O som alterna entre guitarras distorcidas com vocais guturais e trechos com vocais limpos e elementos da música oriental. Não há como descrever exatamente este álbum, portanto ouça-o!

domingo, 26 de dezembro de 2010

The Big 4 Live From Sofia, Bulgaria (DVD) [Review]

O encontro das bandas do chamado Big Four foi aguardado por fãs da música pesada durante décadas. Para aqueles que ainda não sabem, o Big Four consiste nas quatro bandas consideradas as mais importantes da cena Thrash Metal americana, as bandas são: Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax.
No dia 22 de junho de 2010, a espera de quase 30 anos chegou ao fim, e pela primeira vez na história as quatro bandas dividiram o palco. O local escolhido para o evento foi o Sonisphere Festival, na Bulgaria.

Os shows foram transmitidos para cerca de 800 cinemas em todo o mundo e recentemente as apresentações foram lançadas em três formatos: DVD, Blu-Ray e CD.
Trataremos aqui a versão em DVD. Como são quatro shows diferentes, nada melhor que falarmos de cada um isoladamente.

Anthrax:

A trupe de Scott Ian ficou encarregada de ser a primeira a subir ao palco. No momento uma parte do público ainda não havia chegado, e aos poucos os espaços vazios nas arquibancadas do estádio do Vasil Levski foram sendo preenchidas. O ano de 2010 também marcou o retorno de Joey Belladonna à banda. Durante a apresentação ficou visível que o cantor já não tem mais o mesmo fôlego e alcance de antigamente, porém tudo foi compensado pela dedicação e presença de palco. O repertório foi repleto de clássicos como Caught In A Mosh e Madhouse, além de ter tido espaço para Only, música da época em que John Bush era o vocalista da badna. Foi durante a apresentação do Anthrax que o público se mostrou menos participativo, mesmo com uma boa parte cantando as músicas e alguns mosh-pits. Aos poucos o público foi se soltando, principalmente durante o cover de Heaven And Hell para homenagear Ronnie James Dio, porém nada comparado com os shows seguintes. Ainda sim o show do Anthrax foi digno e mostrou a capacidade de seus músicos.

Megadeth:
O Megadeth não utilizou muito do tempo disponível para interagir com os presentes, foi um petardo atrás do outro quase sem intervalos. Holy Wars...The Punishment Due abriu o show e nem a forte chuva que caia foi o suficiente para impedir a empolgação dos fãs que cantaram em uníssono músicas como A Tout Le Monde e Peace Sells. O show que se assiste no DVD só não é perfeito por um motivo: os vocais de Dave Mustaine. Não, eles não estavam ruins, mas alguns trechos foram visívelmente "maqueados" em estúdio, não tanto quanto no DVD "Rust In Peace Live", mas o suficiente para deixar os trechos modificados sem vida e soando artificiais. Fora este detalhe foi um show e setlist matador, mesmo com a ausência de Tornado of Souls.

Slayer:

O Slayer, a única das quatro bandas ainda com a formação original, não teve pena de ninguém e colocou o local à baixo com o seu peso. Após a cirurgia no pescoço, Tom Araya não está mais "bangueando", mas continua soando o mesmo. A dupla de guitarristas, Jeff Hanneman e Kerry King, se mostrou afiada em todos os momentos, assim como Dave Lombardo, um show à parte na bateria. Foram tocados clássicos como Raining Blood e Seasons in the Abyss e também músicas do álbum mais recente como Hate Worldwide e World Painted Blood.
O show do Slayer encerra o conteúdo do disco 1.

Metallica:
Ok, é fato que 99% dos fãs não gostam dos três álbuns do Metallica lançados entre 1996 e 2003, mas também é fato que a banda retornou à boa forma com o "Death Magnetic" e que ela nunca deixou a desejar ao vivo. O show começou com o tradicional vídeo de Ecstasy of Gold antes da banda abrir com Creeping Death. O setlist percorreu todos os álbuns da banda, com exceção de "Load" e "St. Anger" (que não fizeram falta nenhuma). Músicas como Fuel ainda tiveram direito a um show de efeitos pirotécnicos.
O momento histórico chegou perto do fim da apresentação quando James Hetfield convidou todos os membros das outras bandas para a execução de Am I Evil? do Diamond Head. A única banda que não estava completa durante a música era o Slayer, apenas Dave Lombardo compareceu. Foi a primeira vez desde 1983 que Dave Mustaine tocou com o Metallica, quando foi demitido da banda.
Após a jam, uma viagem no tempo até o primeiro álbum do grupo, "Kill 'em All", onde Hit The Lights e Seek & Destroy encerraram a noite.

Além do show do Metallica, o disco 2 ainda contém um mini-documentário de 45 minutos, repleto de cenas dos bastidores que ainda incluem o ensaio para Am I Evil?.
São ao todo mais de cinco horas de show e apesar de algumas pequenas falhas, nenhuma é suficiente para manchar a performance das bandas. The Big 4 Live From Sofia, Bulgaria é sem dúvidas um item essencial para a coleção dos fãs de qualquer uma das quatro bandas.

Setlist Anthrax:
1. "Caught in a Mosh"
2. "Got the Time"
3. "Madhouse"
4. "Be All, End All"
5. "Antisocial"
6. "Indians"/"Heaven & Hell"
7. "Medusa"
8. "Only"
9. "Metal Thrashing Mad"
10. "I Am the Law"

Setlist Megadeth:
1. "Holy Wars... The Punishment Due"
2. "Hangar 18"
3. "Wake Up Dead"
4. "Head Crusher"
5. "In My Darkest Hour"
6. "Skin o' My Teeth"
7. "A Tout le Monde"
8. "Hook in Mouth"
9. "Trust"
10. "Sweating Bullets"
11. "Symphony of Destruction"
12. "Peace Sells"/"Holy Wars Reprise"

Setlist Slayer:
1. "World Painted Blood"
2. "Jihad"
3. "War Ensemble"
4. "Hate Worldwide"
5. "Seasons in the Abyss"
6. "Angel of Death"
7. "Beauty Through Order"
8. "Disciple"
9. "Mandatory Suicide"
10. "Chemical Warfare"
11. "South of Heaven"
12. "Raining Blood"

Setlist Metallica:
1. "Creeping Death"
2. "For Whom the Bell Tolls"
3. "Fuel"
4. "Harvester of Sorrow"
5. "Fade to Black"
6. "That Was Just Your Life"
7. "Cyanide"
8. "Sad but True"
9. "Welcome Home (Sanitarium)"
10. "All Nightmare Long"
11. "One"
12. "Master of Puppets"
13. "Blackened"
14. "Nothing Else Matters"
15. "Enter Sandman"
16. "Am I Evil?"
17. "Hit the Lights"
18. "Seek & Destroy"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vol(l)ume 14 - Tankard (Resenha)


Mais um lançamento chega para a enorme fila que tivemos este ano, direto de Frankfurt: O Tankard nos presenteia com seu décimo quarto álbum de estúdio, como o próprio nome já sugere, "Vol(l)ume 14".

Não precisava nem de ter o logo da banda na capa para identificarmos de quem era o álbum, bastaria ver o desenho de uma caixa de cerveja e dizer: "Os Reis da Cerveja estão de volta!". De fato, temos mais um ótimo disco de inéditas do Tankard. Eles continuam seguindo sua linha de sempre, ou seja, se você procura algo inovador ou diferente, esqueça. Mas se você quer se divertir ouvindo um bom álbum de thrash metal, vá em frente.

Além do louvor à cerveja, os alemães manteram temas headbangers e caóticos nas letras como em "Rules For Fools" e "Black Plague". Neste álbum você encontra também o tradicional como riffs rápidos nas sexta e quinta cordas, solos velozes, frases com vocais rasgados e às vezes gritados com ajuda de backing vocals nos refrões.

A primeira faixa é "Time Warp" que começa enganado. Ela inicia ao som de violão e logo entra uma melodia lenta de guitarra. Assim fica durante um minuto e meio até que um riff entra rasgando a parte melódica para finalmente entrar "quebrando tudo". Outros destaques são "Rules For Fools", "Somewhere In Nowhere" e "Brain Piercing Of Death", além de "Weekend Warriors", uma música de 7 minutos que tem constantemente seu ritmo quebrado, alternando entre partes mais melódicas e "porradaria".

Vol(l)ume 14 se trata de um álbum satisfatório do Tankard, que sempre se mostrou eficiente no seu propósito de fazer thrash. Então, estamos fechando com chave de ouro o ano de 2010, para entrar em 2011 que promete o retorno de muitas outras lendas da música. Aguarde e fique atento ao Metal Is The Law!



Tracklist:

Time Warp
Rules For Fools
Fat Snatchers (The Hippo Effect)
Black Plague
Somewhere In Nowhere
The Agency
Brain Piercing Of Death
Beck's In The City
Condemnation
Weekend Warriors

______________________________________________________
Para comentar sobre o Tankard e muitas outras bandas, cadastre-se no nosso fórum.
Se tornar seguidor do nosso blog também é importante para o crescimento do Metal is The Law!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Innerspeaker - Tame Impala [Review]

Depois do EP autointitulado, o power trio australiano lança Innerspeaker, o seu disco de estréia. Em 2008 a banda assinou contrato com a Modular Records e lançou um EP com cinco músicas. Este o colocou em primeiro lugar no ranking das gravadoras independentes da Austrália (AIR) e em décimo na lista de singles mais vendidos do ranking oficial de música australiana (ARIA). 

O grupo tem foco na psicodelia da década de 1960, tais como Jimi Hendrix Experience, Mothers Of Invention, Doors e Cream, constando maiores semelhanças com este último devido ao seu vocal mais limpo e detalhado. Essa característica, ora negativa, ora positiva, é um contrapeso ao instrumental robusto e corpulento. Isso confirma-se na instrumental Jeremy´s Storm, onde o grupo atinge um clímax psicodélico, que seria invejado até pelo mestre do improviso Jimi Hendrix, caso estivesse vivo. Outra música que certamente agradará os apreciadores do ''classic rock'', é Runway, Houses, City, Clouds, a mais longa do álbum, com pouco mais de sete minutos, é uma mini-suíte, fundamentada em um baixo cristalino e um tímido sintetizador moog. Tudo é exarcebado durante os solos, comprovando o ponto forte do trio.

Arranjos mais simples não podem ser ignorados, o Tame Impala também sabe fazer músicas de maior assimilaridade, que vez ou outra beiram o que pode chamar-se de rock alternativo, assim são Lucidity, cujo clip dá as caras, algumas vezes, pela massacrada MTV; I Don´t Really Mind e no tema de abertura It Isn´t Meant to Be. 

O maior erro de Innerspeaker é a exclusão de Half Full Glass of Wine e Skeleton Tiger, músicas excepcionais, lançadas no primeiro EP, que fizeram grande sucesso no país de origem do grupo e até em alguns países europeus. O vocal transparente pode soar monótonos em alguns momentos das audições iniciais, mas depois de dar uma atenção maior, entendemos melhor a proposta angelical, e aí posso ousar citar influência do supergrupo sessentista Crosby, Stills & Nash -  principalmente Neil Young. 

Com uma produção exemplar de Kevin Parker, Innerspeaker entra no hall de melhores discos do ano. Um psicodelismo ingênuo e sem firulas, contradizendo o tabu de que a psicodelia é inconclusiva e sem sentido. Estréia excelente, mas arrisco a previsão de que a banda irá desenvolver-se e lançará discos ainda melhores.

Tracklist

1. "It Isn't Meant to Be" 5:22
2. "Desire Be, Desire Go" 4:26
3. "Alter Ego" 4:47
4. "Lucidity" 4:31
5. "Why Won't You Make Up Your Mind?" 3:19
6. "Solitude Is Bliss" 3:55
7. "Jeremy's Storm" 5:28
8. "Expectation" 6:02
9. "The Bold Arrow of Time" 4:24
10. "Runway, Houses, City, Clouds" 7:15
11. "I Don't Really Mind" 3:46

Melhores Discos de 2010 - Parte 3



2010 foi um ano muito produtivo para a música.

Bandas novas apostaram em seus debuts, assim como as bandas já denominadas "clássicas", apostaram em novas sonoridades para seus recentes trabalhos. O fanatismo, pelo menos eu, tentei deixar de lado. Logicamente alguns álbuns foram omitidos e poderiam, assim como esses, estar em qualquer outra lista. Portanto, aqui estão os 10 Melhores Discos de 2010, na minha opinião. Concorda com ela, ou discorda? Não se esqueça de comentar.

Lista por Guilherme Cruz.



10º) Blood of the Nations - Accept
Álbum impecável. Na primeira audição já se tem idéia do que a banda pretendia com o álbum: retornar para ficar. Totalmente True Heavy Metal.

9º) Wilderness Heart - Black Mountain
Apostando em uma sonoridade mais heavy e construída através de melodias elaboradas por violões limpos, guitarras lisérgicas e teclados bem atmosféricos, o Black Mountain vem construindo sua própria identidade musical baseada, em partes, na nostalgia.
8º) Black Country - Black Country Communion
Entre os recentes lançamentos dos tão falados supergrupos, é do Black Country o que mais surpreende. Graças às particularidades de cada integrante - o Soul/Funk de Hughes, o Blues de Boanamassa, o apelo Progressivo de Shirinian e o Hard de Jason Bonham - aliadas a ótima produção por parte de Kevin Shirley, o álbum se torna envolvente e poderoso.

7º) Ironwood - Hogjaw
Com o segundo álbum a banda consegue transpor o status de apenas promessa. Fazendo um Southern Rock de qualidade e apesar de beber da mesma fonte de Lynyrd Skynyrd e ZZ Top, o Hogjaw consegue criar uma característica própria com os vocais de Jon Boat Jones e uma sonoridade criativa com músicas marcantes, algumas vezes puramente arrastadas, outrora verdadeiros hardões.
6º) Dirty Side Down - Widespread Panic
Nos arranjos iniciais de Saint Ex, o ouvinte já se impressiona com as delicadas melodias sendo quebradas por um trecho denso, dissonante e logo após com o retorno aos vocais sutis cantados em dueto. Widespread Panic é um álbum maravilhoso e sobretudo atemporal.
5º) The Crown of Creation - Lucifer Was
Com seu quinto álbum de estúdio, os veteranos do Lucifer Was mostram mais uma vez o que melhor sabem fazer: Rock Progressivo de qualidade. Dessa vez, uma orquestra inteira foi parar com a banda no estúdio, resultando em composições épicas e como já é de praxe, aliando o peso descomunal de guitarras e teclados a leveza dos instrumentos eruditos.
4º) Skyground - Langfinger
Hard/Heavy contemporâneo e apesar de, logicamente, se basear nas pérolas dos anos 60 e 70, não as copia, como se pode ouvir em muitos álbuns atuais. O álbum é composto de um petardo atrás do outro, todos frescos e originais. Power trio incrivelmente criativo.

3º) Aquarius - Haken

Aquarius é o debut da banda Haken. O álbum já era ansiosamente esperado e não decepcionou em nada, foi altamente elogiado pelas mídias especializadas em prog rock/metal e música em geral, fundindo perfeitamente jazz e metal. Prog complexo, virtuoso e original.

2º) Suspicious Package - Earl Greyhound
O que há de melhor no Hard, Blues e Psicodelic, com muito peso e acréscimo de sonoridades diversas, entre pequenas incursões na música latina, no folk e no experimentalismo. Esse é o som do power trio Earl Greyhound. Dosados de pura originalidade, não se parecem com nada do que anda sendo feito por aí.
1º) Itaca - The Soulbreaker Company

Apresentando grandes evoluções a cada álbum lançado, o Soulbreaker vem ganhando destaque ao incorporar novos elementos as suas composições. As melodias intensas e vibrantes deixam o instrumental passar do Prog ao Psicodélico com grande maestria, mantendo o som nostálgico e espontâneo. O melhor álbum do ano! Não deixe de ouvi-lo!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

What If... - Mr. Big (Resenha)


Sem lançar um álbum de estúdio desde 2001, data do bom Actual Size, o Mr. Big volta ao cenário com seu mais novo trabalho: "What If...". O álbum, na verdade, só estará nas lojas a partir de 21 de Janeiro de 2011, mas com a instantaneidade da internet, já podemos encontrá-lo para fazer download.

O que se observa em "What If..." é uma banda afinadíssima e que infelizmente ficou tempo demais longe das gravações, mas que agora volta com tudo do melhor que já fez e um pouco mais. Sim, arrisco dizer que este é dos melhores do Mr. Big. O que há demais nele? Talvez nada surpreendente e arrojado, nada que já não tenhamos ouvido antes do grupo, mas o que acontece é que parece que eles pegaram tudo já feito e acrescentaram mais peso, virtuosismo e fizeram um álbum de muito bom gosto, cheio de peso e melodia.

A cozinha formada pelo baterista Pat Torpey e pelo baixista Billy Sheehan está fantástica, bem feita e dá boa base às músicas. Eric Martin e sua inconfundível voz se destaca como sempre, com todo feeling que habitualmente mostra nas frases e refrões. E Paul Gilbert volta após 14 anos afastado, para completar o quarteto clássico. A habilidade e técnica de Gilbert já são amplamente conhecidos, e ele só os faz confirmar neste novo trabalho. Mandou excelentes riffs e solos espetaculares.

Quem abre o álbum é o single "Undertow", que já até ganhou clipe oficial (clique AQUI para vê-lo). Este já serve pra mostrar o que vem por aí, valendo salientar a performance do baixo nele. "American Beauty" é talvez a melhor do disco, com um refrão que pega fácil e bom solo.

A terceira é " Stranger In My Life", uma balada. É claro que não podia faltar pelo menos uma num álbum do Mr. Big, e este tem duas. A supracitada, que é muito linda e a oitava faixa "All The Way Up", também bastante bonita.

Ainda temos como músicas que sobressaem a "Nobody Left To Blame" com uma alternância de um pesado riff e um legal acompanhamento de violão e "I Won't Get In My Way" que retoma o passado com um ritmo bem agitado, principalmente no refrão. Vale destacar também a "Around The World", a primeira disponibilizada na internet. Ela tem uma pegada excelente e bons vocais de fundo no coro, como a clássica "To Be With You", e seu solo simplesmente destrói com um duelo de guitarra e baixo entre Gilbert e Sheehan.

"What If..." é um álbum que agrada muito, para matar a saudade dos fãs que a um bom tempo desejavam esse retorno. Hard rock animadíssimo com toda a cara do "Senhor Grande". Já é um ótimo candidato à melhores de 2011... e a turnê vem aí.



Tracklist:

Undertow
American Beauty
Stranger In My Life
Nobody Left To Blame
Still Ain't Enough For Me
Once Upon A Time
As Far As I Can See
All The Way Up
I Won't Get In My Way
Around The World
I Get The Feeling
Kill Me With A Kiss

____________________________________________________
Para comentar sobre o Mr. Big e seu novo álbum, você deve ser cadastrado no fórum. Se ainda não é, clique AQUI.
Pedimos também que se torne seguidor de nosso blog, caso tenha gostado do conteúdo!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Melhores Discos de 2010 - Parte 2

Como outro redator do blog já disse, "todos os admiradores da música estão fazendo suas listas de melhores do ano, e nós decidimos fazer as nossas também". Semana passada eu ouvi muitos discos desse ano, e esse mês o que mais fiz foi isso. Me arrependi amargamente de não ter feito isso antes, pois algumas bandas que ouvi, não conhecia há uns 15 dias atrás, algumas muito boas e que mereciam estar na lista, e também ouvi discos que foram lançados no meio do ano, mas só cheguei a ouvir a pouco tempo, só pra fazer a lista...da próxima vez vou ter mais boa vontade em ouvir os lançamentos. Enfim, a lista é essa, não deixem de comentar se concordaram, não concordaram, o que vocês quiserem.

Lista de Rodrigo Luiz





10º) Blood Of The Nations - Accept

Riffs marcantes, refrãos com coros e ritmos contagiantes que nos fazem banguear feito loucos...O Accept está de volta! E o fato de seu membro mais importante não estar na banda não afetou em nada, Mark Tornillo mostrou que tem o seu valor e pode crescer muito. Com esse álbum a banda dá uma bela volta por cima, mostrando o mais puro Heavy Metal.


9º) The Obsidian Conspiracy - Nevermore

O álbum pode até ser estranho a primeira ouvida, é mais agressivo e direto, sem a complexidade dos anteriores, mas este álbum merece entrar nessa lista. Warrel Dane se destaca com fantásticas linhas vocais e Jeff Loomis mostra porque é um dos melhores guitarristas da atualidade, com riffs e solos matadores, além da produção cristalina de Peter Wichers.


8º) At The Edge Of Time - Blind Guardian

Nos últimos discos o Blind Guardian tem se distanciado um pouco do power metal que a consagrou, talvez Nightfall In Midle-Earth tenha sido o último nessa linha, e, apesar de a banda continuar agregando elementos que possam somar ao seu som, confesso que torci o nariz para o rumo que a banda estava tomando, mas esse disco...é brilhante! É repleto de momentos épicos, com orquestrações pomposas, solos arrepiantes, os coros já conhecidos, além de elementos folk que dão toda uma atmosfera mística. Sem contar Hansi Kürsch, com sua ainda incrível potência de voz aliada ao seu conhecido talento para interpretar as músicas.


7º) Afraid Of Me - Auvernia

Fiquei louco quando ouvi esse disco! A banda faz um som inconstante, com trocas de tempo constantes, lembrando até um pouco do death metal técnico, passagens de teclado que as vezes lembram hammonds, solos inteligentes, passagens folk, orquestrações e também passagens melódicas, além de um Interlúdio Porteño, uma canção latina com guitarras. Prog metal ao extremo!!


6º) Poetry For The Poisoned - Kamelot

Depois dos incríveis The Black Halo e Ghost Opera, o Kamelot se supera e mostra porque é a melhor banda de Symphonic Metal atualmente. Sempre agregando novos elementos a sua sonoridade, a banda construiu um som próprio e inconfundível, e neste álbum, além do sempre brilhante Roy khan, Thomas Youngblood está tocando como nunca.


5º) Sting In The Tail - Scorpions

O melhor álbum da carreira da banda! Foi justamente isso que achei assim que ouvi o álbum pela primeira, achei que fosse empolgação na hora, mas não...toda vez que o ouço tenho certeza disso. O disco que encerra a carreira do Scorpions faz jus a tudo o que a banda representa, com canções cheias de feeling, refrãos contagiantes, solos maravilhosos, além das famosas baladas. É uma pena que este seja o fim, pois com esse disco, fica claro que a banda ainda teria muito a mostrar.


4º) The Never Ending Way Of OrwarriOR - Orphaned Land


Depois de 6 anos da obra-prima "Mabool", a expectativa era muito grande em torno deste álbum e a pressão em cima da banda para fazer um disco a altura de seu predecessor era muito grande. E para felicidade geral, a banda conseguiu, e diria até que se superou. As inserções de música árabe e elementos orientais são muito bem feitas e extremamente cativantes e a criatividade da banda é inesgotável. Ouvir esse álbum é uma experiência única e indescritível, só ouvindo para entender.


3º) Dirty Side Down - Widespread Panic

Só de ouvir as duas primeiras músicas, já estava com vontade de botar este disco na lista. Depois que o ouvi inteiro, tinha obrigação de fazer isso! Não faz nem 15 dias que conheço a banda, ouvi este disco por recomendações de outros redatores do blog, e me impressionei com o som da dela, um "southern jam rock", uma mistura de Allman Brothers Band com Phish e Grateful Dead, além de um pouco de jazz e blues, tudo isso aliado a muita feeling que flui em melodias irresistíveis e gostosas de se ouvir. É até difícil acreditar que este disco tenha sido gravado em 2010.


2º) Black Country - Black Country Comuunion

Este álbum foi uma grata surpresa, não esperava muito dele, talvez por ser um supergrupo (apesar de serem bons, não são impressionantes), ou até por não conhecer o trabalho de Joe Bonamassa. Mas foi Bonamassa quem mais me impressionou, com muito feeling, excelentes solos e um trabalho pesado na guitarra, o álbum peca só na particpação discreta de Derek Sherinian. Glenn Hughes está ótimo como sempre, e Jason Bonham aparece na medida certa, batendo firme quando precisa. O melhor dos supergrupos.

1º) Return To Zero - Spiritual Beggars

Conheci a banda a pouco tempo, e, depois de ouvir o excelente Demons, vi que a banda tinha lançado um álbum esse ano e tive vontade de ouvir, ainda mais depois de saber que a banda era de um dos meus guitarristas preferidos, Michael Amott. Um hard rock misturado às veias metálicas dos integrantes fazem um som sensacional, com verdadeiras pérolas que fazem jus às inspirações claras da banda, como Black Sabbath e Deep Purple, e poderiam até vir diretamente delas. Uma verdadeira homenagem ao hard rock setentista. O melhor disco do ano!
Related Posts with Thumbnails