quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Overdrive - Angelmaker [Review]

No dia 21 de Janeiro a banda sueca de heavy metal Overdrive lançou o seu mais novo álbum, chamado Angelmaker, o segundo depois de um hiato de mais de 20 anos, entre 1984 e 2008, trazendo de volta o seu heavy metal tradicional, mas também mostrando que a banda não se prendeu a velhas formas, pois o disco tem uma produção ótima e moderna, mas que não a faz se afastar de sua finalidade.

O disco começa com Signs All Over, com a intensidade já conhecida nos vocais e uma boa levada na bateria, também intensa. Nesta faixa também a de se destacar a guitarra, que se sai bem na virada para um andamento mais lento. Destaque para a guitarra também na introdução de In Gut We Trust, que é um pouco mais cadenciada que a primeira faixa, tanto na levada quanto nos vocais. A faixa-título tem uma sonoridade um pouco thrash, e tem vocais menos intensos. Tem um solo bem encaixado, mas não chega a surpreender. Aliás, poucas são as surpresas deste álbum, as faixas seguem uma linha parecida, com solos presos entre a metade e o final das canções, como acontece com I Know There's Something Goin On, que tem bons vocais, mas é um pouco arrastada.

Under The Influence é um pouco mais rápida, e tem uma bridge diferente para o refrão, e também difere um pouco da linha seguida nas músicas anteriores. Mostra que a banda pode fazer um som mais interessante, mas tem pouca ousadia. On The With Action é um típico heavy metal, com refrão forte, e também o primeiro solo considerável do disco. See The Light tem uma boa introdução nas guitarras, é um pouco mais hard rock, mas também segue a fórmula das canções anteriores.

A coisa começa a mudar mesmo quando chega To Grow, que ainda é um heavy, mas tem um refrão que prende mais para o power metal, e tem uma harmonia diferente entre a bateria e as guitarras, com mais variações de andamentos, assim como It's A Thriller, que tem melodias de guitarra interessantes, e também em Cold Blood Chaser. Em Mother Earth vemos menos intensidade no instrumental e mais variação nos vocais, e também um bom solo. The Wavebraker, com seus 10:01 é a mais longa do disco, e também a melhor, tem diversos andamentos, reproduzindo um pouco do conceito do disco como um todo e também mostra o que a banda pode vir a fazer se tiver mais ousadia.

No geral, Angelmaker é um bom disco, mas a banda peca por compor as canções numa mesma fórmula, o que as torna muito previsíveis, tanto nos vocais, que são presentes demais, quanto no instrumental, que soa muito convencional e não mostra toda sua criatividade. E isso fica claro a partir da metade do disco, quando a banda decide ousar mais e fazer um som mais inesperado e que certamente agradaria a muitos ouvintes do heavy metal, e não só aos fãs da banda. Se você é fã da banda, com certeza irá gostar desse disco, mas se não é, terá de esperar até a 8ª faixa para se empolgar com o disco.

Nota 6,5


Tracklist:

1. Signs All Over
2. In Gut We Trust
3. Angelmaker
4. I Know There's Something Going On
5. Under The Influence
6. On With The Action
7. See The Light
8. To Grow
9. Mother Earth
10. It’s A Thriller
11. Cold Blood
12. The Wavebreaker

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