sexta-feira, 11 de março de 2011

Dalriada - Ígéret [Review]

Sim, mais uma banda de folk metal, mas não é apenas mais uma na multidão, tanto que é conhecida como a melhor banda da Hungria! Tudo bem, não é um título que gera muita empolgação, mas pelo menos é merecido, e a banda não é só a melhor da Hungria, mas também uma das melhores do folk metal atualmente. Formada em 1998 como Echo Of Dalriada, a banda veio a lançar o seu primeiro álbum, Fergeteg, apenas em 2004 e em 2006 lançou Jégbontó, o segundo. Em 2007 a banda trocou o nome para Dalriada e lançou mais 3 álbuns antes de Ígéret. Todos os discos têm o nome dos meses do ano em húngaro arcáico, sendo que o quinto álbum, Arany, tem esse nome por conter apenas poemas do poeta húngaro János Arany transformados em música.

Neste álbum a banda faz que já é esperado dela, um som baseado na música húngara, com arranjos bastante folclóricos muito bem aliados às melodias pesadas das guitarras. A veia metálica se mostra um pouco mais presente, com bons solos de guitarra e também de teclado, com músicas bem calcadas no power metal. As músicas do disco são todas em húngaro, tendo inclusive temas tradicionais da Hungria reinterpretados e transformados em música, o que dá um charme a mais e uma personalidade própria, sendo que o folk metal atualmente é dominado pelos celtas e nórdicos, além de ter a peculiar voz de Laura Binder como a principal, o que realmente remete a um som único.

Os vocais, aliás, são um dos destaques do disco, muito bem encaixados, alternando bem entre a voz limpa de Laura Binder, que até manda uns rasgados em Hajdútánc e Leszec A Hold, que conta com participação de Jonne Jävellä (Korpiklaani) e os vocais mais agressivos de András Ficzek e os guturais do baterista Tadeusz Rieckmann, que aparecem pouco, mas nas horas certas, dando uma maior força interpretativa aos temas, além de belos coros nos refrãos. As melodias vocais simplesmente grudam na sua mente. Tadeusz também se mostra muito técnico na bateria e as guitarras também merecem destaque, muito competentes, tanto nas partes mais pesadas quanto nas melódicas. Além do teclado, muito mais presente, com solos muito bons e belas melodias, como o das músicas Leszek A Csillag e Hozd el, Isten.

Para ouvidos preguiçosos, o disco pode parecer estranho a primeira ouvida, inundado de melodias exóticas e extravangantes, mas depois de se acostumarem com o som e ouvi-lo com atenção, logo perceberão toda a riqueza de suas nuances e assimilarão com mais facilidade a complexidade dos temas e a perfeita integração do folk com o metal. Recomendado a ouvidos livres e sem preconceitos.

Nota 9,0


Tracklist:

Intro
Hajdútánc
Hozd el, Isten
Mennyei Harang
Ígéret
Igazi Tûz
Kinizsi Mulatsága
A Hadak Útja
Leszek A Csillag
Leszek A Hold
Outro

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