quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Kamelot - Poetry For The Poisoned (Resenha)

Enfim, depois do excelente Ghost Opera, de 2007, está pronto o novo álbum do Kamelot, Poetry For The Poisoned. A espera era muito grande e prova disso é o fato de o álbum ser disponibilizado na internet dez dias antes do lançamento na Europa. Para os fãs da banda e para quem curte um bom metal, pode-se dizer que valeu a pena esperar.

O álbum começa com The Great Pandemonium, que tem uma atmosfera meio melancólica, até mais do que a presente em Ghost Opera. Isso não compromete em nada a música, que tem grande participação de Björn “Speed” Stridd, da banda Soilwork, o que faz lembrar March Of The Mephisto, onde Roy Khan é acompanhado por Shagrath (Dimmu Borgir) em uma sincronia de vozes incrível. A faixa abre muito bem o álbum, tendo um excelente solo do guitarrista Thomas Youngblood. Em seguida vem If Tomorrow Came, que soa quase industrial no começo e tem uma melodia mais rápida no refrão que lembra um pouco a banda nos seus primeiros discos.

As duas faixas seguintes tem uma história por trás. Primeiramente temos Dear Editor, um interlúdio que reproduz uma carta de um assassino conhecido como Zodíaco, endereçada a um jornal de São Francisco chamado The Chonicle, em 1974. A faixa seguinte, The Zodiac, trata a história desse assassino - que até hoje não teve sua identidade descoberta - mais a fundo. A faixa tem uma letra muito boa e um atrativo especial, a excelente participação de Jon Oliva (ex-Savatage, Jon Oliva's Pain).

Seguindo o disco, temos Hunter's Season, um dos destaques do album. A faixa é bem variada, com um toque até progressivo. Roy Khan manda muito bem, como de costume, e destaque para Oliver Palotai, no teclado e Youngblood na guitarra, com arranjos muito bons e a participação de Gus G. (Firewind, Ozzy Osbourne), com um solo excelente. Em House On A Hill, Roy Khan faz parceria com Simone Simons, cantora da banda de symphonic metal Epica, parceria já vista em The Haunting (Somewhere In Time). A faixa tem um pequeno, porém bom solo de Youngblood e um refrão bem emocionante que deve agradar bem aos fãs da banda. Destaque também para as orquestrações ditando o ritmo.

A faixa seguinte é Necropolis. A canção é bem pesada, embora mais lenta, e tem uns efeitos interesantes e diferentes, não tão usados em discos anteriores, e conta com mais uma grande atuação de Youngblood. My Train Of Thoughts segue bem o disco, com um começo de efeitos sonoros e um refrão bem cativante com um belo arranjo com orquestrações. Seal Of Woven Years mostra o poder da banda, com mais um destaque para o teclado.

A seguir a faixa título, mais uma grande obra da banda, que foi dividida em 4 partes. A primeira parte, Incubus, condiz com o que foi apresentado no restante álbum, embora tenha orquestrações mais evidentes. Em So Long, a segunda parte, Roy Khan é acompanhado mais uma vez pela bela Simone Simons, e também por Amanda Sommerville, que é responsável pelos corais. A bela canção tem uma atuação fantástica do trio. All Is Over, que também tem participação de Simone e Amanda, tem apenas 1:03. A seguir a última parte, Dissection, que fecha bem a quadrilogia, em um clima mais apocalíptico. Não havia a necessidade de dividir tanto música, a soma das canções não chega a 6 minutos, mas sem dúvida é um grande momento do disco, com grande destaque para as participações de Simone e Amanda e para o guitarrista Thomas Youngblood.

Once Upon A Time encerra o disco propriamente dito. É a mais rápida do disco, chega a lembrar When The Lights Are Down, de The Black Halo, e tem tudo pra virar hit. Em seguida vem a faixa-bônus Thespian Drama, uma instrumental excelente que mostra toda técnica da banda, numa performance impecável. Devia ter entrado para a tracklist do disco.

Mais uma vez a banda se supera. Não é de hoje que o Kamelot se sobressai nessa cena melódica, sempre buscando agregar novos elementos e sonoridades diferentes a suas canções e também consegue ter um som atmosférico, mas ao mesmo tempo direto, sem demontrações desnecessárias de habilidade e técnica. O álbum não chega a ser melhor que The Black Halo, um dos melhores da cena melódica dos últimos tempos, mas é mais um disco brilhante e muito bem produzido da banda.


Tracklist:

01 - The Great Pandemonium
02 - If Tomorrow Came
03 - Dear Editor
04 - The Zodiac
05 - Hunter's Season
06 - House On A Hill
07 - Necropolis
08 - My Train Of Thoughts
09 - Seal Of Woven Years
10 - Pt. I - Incubus
11 - Pt. II - So Long
12 - Pt. III - All Is Over
13 - Pt. IV - Dissection
14 - Once Upon A Time
15 - Thespian Drama

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4 comentários:

  1. parabéns pelo blog, colega. tá bem legal. kamelot antes do khan o que era? o cara é foda. curti muito o novo disco.

    abraço

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  2. Pois é, Khan é muito foda mesmo, não sei se o Kamelot seria o que é hoje sem ele. Como viu, no post, gostei muito do novo álbum tbm

    Vlw

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  3. O álbum é fraco, bem fraco. Quem compõem um Black Halo está fadado à eterna comparação com a obra-prima.

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  4. kamelot não vai ser mais nada sem khan ,perdeu um grande vocalista ,esse album e foda demais

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