segunda-feira, 4 de abril de 2011

Iron Maiden (Centro de Convenções, Recife, 03/04/11)

Em 2009 o Iron Maiden se apresentou no nordeste do país pela primeira vez. Com o show da turnê Somewhere Back In Time, que focava as músicas de 1980 até 1989, a banda lotou o Jockey Club do Recife; e naquela mesma noite, o vocalista Bruce Dickinson disse que iria gravar um novo disco em 2010 e que voltaria a mesma cidade para fazer um novo show durante a turnê de promoção do álbum. E a promessa foi cumprida. The Final Frontier foi lançado e a banda retornou a solo pernambucano.
Desta vez, a apresentação ocorreu em um bem menor em relação ao anterior, a área externa (leia-se estacionamento) do Centro de Convenções de Pernambuco. Apesar do mérito da produtora Raio Lazer em trazer uma das bandas mais influêntes do Heavy Metal pela segunda vez ao estado e outros artistas internacionais como Amy Winehouse, deve ser citada a falha na instalação da torre de som, que cobria a visão de uma boa parte do lado direito do palco, ponto onde costuma fixar-se o eterno criticado e subestimado guitarrista Janick Gears.
Depois do show de abertura da banda pernambucana Terra Prima, foram executadas diversas músicas diferentes, escolhidas pelo próprio Iron Maiden, entre elas, Deep Purple, Jethro Tull, Metallica e Doctor Doctor, do UFO, e foi no riff dessa que todos voltaram suas atenções ao palco. Em seguida, um excelente vídeo ilustrou a enigmática intro Satellite 15..., que eclodiu com o hit instantâneo The Final Frontier, cantado em uníssono pelo público. El Dorado também teve seu refrão entoado pelos headbanguers presentes, que em seguida provaram conhecer cada verso de 2 Minutes To Midnight.
A extensa Dance Of Death foi seguida do hino The Trooper e dos eternos clássicos The Wicker Man e Blood Brothers, esta última composta pelo baixista Steve Harris após a morte de seu pai, teve o solo executado por Janick Gears, que esbanjou feeling. Até o momento as músicas do novo álbum tinham sido muito bem recebidas, mas quando When The Wild Wind Blows e The Talisman entraram em cena, pouquíssimos cantavam e as reconheciam. A banda já tinha conhecimento prévio disso, e para não perder o ânimo do público, as sucedeu, respectivamente com The Evil That Men Do e Fear Of The Dark, quando uma velha senhora decidiu tirar o vestido e ficar pulando sem roupa por alguns segundos. O riff Iron Maiden aumentou a ansiedade para ver o novo Eddie, mascote do grupo que costuma invadir os palcos durante essa canção. Ele entrou, falou com o baterista Nicko Mcbrain e como de costume, tocou na guitarra de Janick Gears.

A banda sai, e alguns minutos depois a narração do ator inglês Barry Clayton arranca aplausos anunciando The Number Of The Beast, que como já era de se esperar, cantada por todos que estavam no recinto. Na sequência, a dramática Hallowed Be Thy Name, com direito ao lendário ''scream for me'' de Bruce, que mostrou que não foi vencido pelo tempo e ainda alcança notas mais altas e longas. A noite terminou com Running Free, do primeiro disco da banda, onde a banda foi apresentada.

Ainda que uma parcela vá ao show apenas para conferir The Number Of The Beast e ver os astros do rock da sua época, o Iron Maiden atinge um público das mais variadas idades e que conhece a carreira da banda por completo. Essa nova tour serviu para a banda soltar as correntes de músicas que estavam se tornando rotina, como Run To The Hills e Wasted Years. E como sempre, a banda subiu ao palco cheia de energia, esbanjando entrosamento e técnica, principalmente entre os três guitarristas.


Setlist:

01 - Satellite 15... The Final Frontier (Intro)
02 - El Dorado
03 - 2 Minutes to Midnight
04 - Coming Home
05 - Dance of Death
06 - The Trooper
07 - The Wicker Man
08 - Blood Brothers
09 - When the Wild Winds Blows
10 - The Evil That Men Do
11 - The Talisman
12 - Fear of the Dark
13 - Iron Maiden
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14 - The Number of the Beast
15 - Hallowed Be Thy Name
16 - Running Free

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